Durante o Summit de Comunicação “A força que vem do impresso”, que acontece nesta quarta-feira (2) em São Paulo, Jacques Claude, diretor da Gutenberg Networks, afirmou que nenhuma mídia tem o poder de acabar com outra mídia.
“Não existe mídia boa ou ruim, existe mídia que se adapte ao cenário atual”, ressalta. Ainda de acordo com ele, a mídia impressa ainda é o pilar do marketing. “O marketing é estruturado pela mídia impressa, que vai ter complemento em outras mídias, como a móvel ou as redes sociais”, afirma
Já Michel Péroni, consultor de marketing de varejo, falou sobre a indústria gráfica na França e no Brasil. “O Brasil é líder na produção de celulose no mundo, mas por outro lado ele não faz parte dos 20 maiores países que mais consomem papel”, afirma.
A Bélgica, de acordo com o francês, é o país que puxa fila. “E, coincidentemente, é o país que mais avança no universo digital”, diz o especialista. Por outro lado, no entanto, Péroni fez questão de falar sobre o potencial brasileiro. “O potencial de desenvolvimento gráfico no Brasil é enorme”, destaca.
Ainda de acordo com ele, em 2015, o Brasil terá consumido 55 quilos de papel por habitantes. “Na França, por exemplo, a população lê, em média, 7,5 impressos de publicidade por semana”, conta.
Péroni também falou sobre a diferença na comunicação do varejo entre o meio impresso e a televisão. Um dos pontos destacados por ele foi a diferença de remuneração. Péroni também falou que existe um problema de distribuição na indústria gráfica. “Isso explica porque o varejista prefere a televisão, além do que as emissoras remuneram as agências, o que não acontece nas gráficas”, diz.