Em um momento de conectividade, seja pela transformação digital ou pela pandemia do Coronavírus, é de extrema importância que profissionais de mídia estejam alinhados com suas responsabilidades. Como sabemos, a publicidade tornou-se mais diversificada, empática e inclusiva, mas qual o limite entre inteligência e responsabilidade que levaremos daqui para frente?

Recentemente, a indústria publicitária lançou uma parceria denominada Responsible Addressable Media, com o objetivo de garantir um futuro sustentável para a mídia digital. A iniciativa, protagonizada por grandes marcas como Unilever e P&G, associadas da ABA, e WFA (World Federation of Advertisers), da qual a ABA integra o Conselho Executivo, envolve participantes de todo o ecossistema de publicidade digital e do mundo para desenvolver padrões, tecnologias e políticas baseadas em consenso.

Líder da parceria, Bill Tucker, diretor da Association of National Advertisers (ANA), acredita que um dos grandes desafios da publicidade atualmente está relacionado a questões de alcance, devido à constante mudança dos sistemas operacionais.  Isso é capaz de comprometer a privacidade do consumidor, o acesso a conteúdos diversificados e competitivos, e a experiência de compra.

O uso da inteligência e estratégia unido a canais diversificados, se mostra promissor para um mundo vasto de mudanças impulsionadas pela Covid-19. A transformação digital ampliou também o acesso às informações, tanto de empresas, como dos consumidores e potenciais clientes. Com isso, trabalhar a responsabilidade se tornou palavra de ordem.

Um exemplo é a ação #ObrigadoporCuidar, feita para o banco Itaú, associado da ABA, no mês de abril, em que painéis e relógios digitais veicularam mensagens de agradecimento aos profissionais de saúde que estão trabalhando em meio a pandemia do novo coronavírus. “Nossa central de mídia segue monitorando a situação das pessoas, seja na rua ou em casa. Adequamos a estratégia de comunicação e mídia de acordo com esses hábitos. Privilegiamos neste momento players que oferecem telas em ambientes indoor, como mídia de elevadores, hospitais, mercados e farmácias. Com uso da tecnologia, conseguimos definir qual o melhor caminho para chegar às pessoas”, disse Robson Harada, superintendente de Martech, Analytics e Mídia do banco ao Propmark, parceiro da ABA.

A Inteligência Artificial, seja machine learning ou deep learning, é um dos recursos essenciais, que impulsionam a transformação da indústria de mídia. Em um mercado cada vez mais competitivo, as marcas se empenham em automatizar processos. A pandemia provocada pelo Coronavírus interrompeu um crescimento consecutivo de cinco anos na compra de espaços publicitários, de acordo com estudos da Kantar Ibope, parceira estratégica da ABA. Portanto, o uso de canais diversificados alinhado ao avanço tecnológico, se faz cada vez mais necessário.    

Por Denis Onishi, Senior Media Manager at FCA Fiat Chrysler Automobiles e Presidente do Comitê de Mídia da ABA