A CNN Brasil completou em março um ano no ar. E tem muito a comemorar, embora tenha perdido o jornalista Douglas Tavolaro, que deixou a presidência da emissora também no mês passado (até o fechamento desta edição a empresa não tinha escolhido um substituto para o cargo). Nesta entrevista, Marcus Vinicius Chisco, VP comercial da CNN Brasil, fala sobre a importância da marca dentro da sua área de atuação. Conta ainda sobre a audiência qualificada, o combate às fake news e a decisão de não ter comemoração do primeiro ano de aniversário em respeito às milhares de vidas perdidas para o coronavírus.
A CNN acaba de fazer um ano no ar. Quais os principais pontos positivos a emissora pode destacar em um momento tão adverso como este?
O balanço deste primeiro ano é muito positivo. Fomos o player de maior destaque na indústria neste período, reconhecido pelos mais de 11 prêmios conquistados em tão pouco tempo. A audiência e o mercado reconhecem a qualidade e a assertividade de nosso conteúdo que vem sendo consumido por um público exigente e cada vez mais fiel.
Mesmo em ano de pandemia?
Mesmo em um ano tão atípico, pudemos levar ao telespectador e usuário as informações mais importantes através de um caminho de isenção e pluralidade tão desejados pela sociedade.
Quais as principais estratégias da emissora para se diferenciar em um segmento tão concorrido?
Nosso posicionamento foi muito assertivo. O reconhecimento de ser o player mais independente em pesquisa realizada no fim do ano passado nos assegura que estamos trilhando o caminho certo.
O que a empresa acrescentaria na sua marca, após um ano de atividade?
Depois destes primeiros 12 meses já podemos colocar as palavras “credibilidade” e “relevância” associadas à nossa marca, pilares importantes para nós. São mais de 20 horas diárias ininterruptas de informação plural e independente e os nossos breaking news, com furos e matérias exclusivas, nos garantem a credibilidade que conquistamos.
Qual a avaliação que a CNN Brasil tem na emissora nos Estados Unidos?
O projeto brasileiro da CNN é destaque no país onde a marca foi criada há 40 anos. Como exemplo, cito a recente entrevista de Mike McCarthy, VP e diretor-geral da CNN Internacional, na qual destaca o projeto brasileiro como excepcional; e ainda a mensagem direta de Jeff Zucker, CEO global da CNN, nos parabenizando pelo espetacular primeiro ano, nas palavras dele. Tais adjetivos são de dois dos maiores representantes da marca global. Conseguimos replicar aqui os pilares tão bem fundamentados da maior marca de jornalismo do mundo.
Quais os principais projetos comerciais da CNN para este ano?
Teremos o lançamento de novos produtos já confirmados, como o CNN Sinais Vitais, apresentado pelo médico Roberto Kalil, e ainda o CNN Viagem & Gastronomia, com a jornalista Daniela Filomeno. Além disso, continuaremos a expandir o nosso ecossistema comercial com estudos para a plataforma de streaming. Hoje a CNN já conta com seu conteúdo na payTV, no digital e redes sociais, na rádio, com o acordo com a Rede Transamérica, e ainda com o projeto do CNN Eventos. Projetos de cocriação com anunciantes importantes de nossa indústria seguem sendo tocados pelo nosso time de Lab para implementação ainda em 2021.
Como a CNN tenta lidar com o cenário das fakes news?
Uma das grandes preocupações da CNN são as fake news. O time do editorial tem o controle rígido de apuração, buscando minimizar erros; como diz o manifesto CNN: Facts First!
As fakes news atrapalham a condução dos negócios?
A credibilidade que nos foi dada aumenta o nosso compromisso com a audiência, assim como com o nosso cliente. As fake news são motivo de atenção redobrada quando falamos da indústria.
A atitude de não comemorar um ano no ar repercutiu positivamente para a empresa?
Neste momento tão conturbado que estamos vivendo por conta da Covid-19, nossa decisão foi a de respeitar aqueles que tiveram a perda terrível de seus entes queridos. Às 20h do dia 15 de março – data que, por acaso, tenho a honra de comemorar mais um ano de vida também – colocamos no ar um manifesto gravado por todo o elenco, com uma mensagem em solidariedade às vítimas da Covid-19.
Pode detalhar essa ação?
No manifesto, apresentadores, comentaristas e analistas se revezaram ao longo do vídeo, que levou uma mensagem tocante sobre as dificuldades da pandemia, mas tratou também de esperança. O mercado, mais uma vez, reconheceu o nosso movimento – cumprimentando-nos por essa tomada de decisão.
Qual o índice e o nível de público que a CNN atinge neste momento?
Somos o player mais bem qualificado de news, com base nos dados da Kantar Ibope; o projeto multiplataforma traz números significativos quando comparados a concorrentes de longa data no país.
Pode traduzir em números?
Temos 2,8 milhões de seguidores no Instagram e atingimos mais de 1,5 milhão no YouTube; são 55 milhões de brasileiros impactados todo mês através de nossas telas. O brasileiro abraçou a CNN e fez dela sua marca favorita na busca de informação precisa, isenta e plural.
A CNN fez alguma pesquisa de opinião junto a seu público? Quais resultados o senhor poderia revelar?
Em outubro de 2020 realizamos duas pesquisas que tiveram resultados muito similares. Kantar Ibope e Real Time Big Data colocam a CNN como a empresa de news mais imparcial para a maioria da população, dando espaço ao contraponto em nossas telas. Manter essa percepção é importante em nossos objetivos.
Quais os principais anunciantes da emissora?
Temos mais de 200 players em nossa base; são projetos cocriados, patrocínios de longo prazo com marcas de vários segmentos com destaque para o financeiro, saúde e alimentos. Santander, Cielo, QSaúde e Seara têm presença flat em nossas telas, entre outros.
A emissora conquistou alguns prêmios neste último ano. Pode destacar o que eles significam para os negócios?
Este ano de lançamento foi histórico em termos de reconhecimento, quer seja do público, do mercado ou da crítica especializada. Nenhum outro veículo alcançou tamanha relevância, o que nos enche de orgulho e aumenta o compromisso na manutenção da elevada qualidade que trouxemos ao país.