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Reality shows já fazem parte do cotidiano da vida dos brasileiros, independente da classe social e faixa etária. Afinal, há mais de dez anos os brasileiros se juntam para assistirem os mais variados tipos de realities que foram criados na TV, com repercussão em todas as mídias.

Como exemplo mais recente, temos o sucesso do MasterChef que vem dando o que falar já faz um bom tempo. Primeiro com versões estrangeiras, depois com as versões locais. As pessoas assistem, comentam, compartilham, criam e recriam. O MasterChef se converteu em uma grande fonte de inspiração para uma ampla gama de conteúdo que começa a circular por diferentes canais. Alguns indicadores apontam que a audiência do Masterchef cresceu 50% da primeira para a segunda edição local e principalmente, o rei do boca a boca da atualidade está fazendo barulho: as redes sociais. Hoje, dois em cada 10 brasileiros consideram o boca a boca como o meio que mais influencia em suas decisões.

O que MasterChef tem criado é, nem mais nem menos, do que uma marca bem-sucedida, e particularmente respondendo a uma importante pergunta ou inquietações de muitas marcas mundiais: como criar relevância local, frente a uma tendência de globalização bem instalada?

Existem alguns pilares que fazem o sucesso das grandes marcas, e são estes que MasterChef consegue trabalhar de maneira muito eficiente:

1)      Utilização de um tema de relevância universal, humana. O que tem mais de universal do que a comida? Temas que conseguem falar uma linguagem que todo mundo entende, são muito mais eficientes na construção das marcas, e constitui a pedra fundamental de grandes campanhas de comunicação inclusive.

2)      Autenticidade. O uso de pessoal normais, que poderiam ser eu ou você, é um recurso muito eficiente para criar empatia e credibilidade. Nos sentimos identificados, adotamos uma posição e não ficamos neutrais, defendemos e torcemos pelo ‘nosso’ candidato.

3)      “Glocalização”. A ideia de MasterChef é facilmente executável de maneira local, com personagens locais, sem alterar a essência do produto.

Qualquer marca na busca de sucesso sustentável, precisa atender esses três pilares. O último, a “glocalização”, seja talvez um dos mais desafiadores. Aqui, o ambiente digital tem se transformando num universo onde marcas podem adotar da melhor maneira as características locais, otimizando os custos de produção e mídia. É aqui onde a marca pode e deve, ao mesmo tempo que manter a essência dela, adotar uma postura e uma voz que converse com o publico que se encontra mais próximo: o consumidor brasileiro.

A pergunta que fica no ar: quem é a minha marca no mundo digital?

*Business director da Ipsos Connect