Finalmente, ao que tudo indica e são os doutores das ciências médicas que o dizem, o fim da ação da Covid-19 está próximo de acontecer em nosso país.

Os números mostrados pela mídia nos últimos dias têm sido animadores, apontando para esse caminho, qual seja o final (ou quase isso) da nossa luta contra esse mal terrível. 

Países mais adiantados já decretaram o seu fim não faz muito, países com maior dificuldade de fazer sua população seguir as regras ditadas pela medicina e pelos sanitaristas estão levando um pouco mais de tempo para encerrar esse capítulo triste da civilização, mas chegaremos lá.

Ainda é cedo para se calcular a quantidade e a qualidade dos estragos causados à Humanidade por esse estranho inimigo, mas há que se comemorar, apesar disso, a vitória da ciência sobre o até então desconhecido mal.

O que todos devemos proceder agora é a rearrumação da vida, procurando de todas as formas reduzir o prejuízo dos que sobreviveram.

No universo das comunicações, com destaque aqui para as atividades do marketing, sendo a principal delas a propaganda, temos de aplaudir a não paralisação das suas atividades. Antes pelo contrário, elogiar o trabalho intenso da sua gente, que procurou de todas as formas, sempre usando o máximo de inteligência, fazer com que essas atividades não parassem e, muito ao contrário, aumentassem o seu potencial, para que o produto final de cada anúncio ou campanha fosse o melhor possível, suprindo dessa forma as deficiências provocadas pelo maldito e poderoso inimigo.

Nesse ponto, a vitória da comunicação em geral foi maiúscula, não apenas dos meios derivados do marketing, mas de todos os que pertencem ao valioso e indispensável mundo da comunicação midiática.

Assim, vimos emissoras de TV dando o máximo de si para mostrar e, ao mesmo tempo, esclarecer a população sobre o pouco, mas de muita importância, que se sabia ou foi se sabendo com o passar do tempo, a respeito da Covid-19. Mais ou menos como consertar o avião com ele voando.

Uma pena que em nosso país preferiu-se mais a batalha entre as facções políticas do que uma trégua de todas para fortalecimento da luta contra o terrível mal, com um número de mortos e infectados sem igual em nossa história.

O político brasileiro ainda não aprendeu que os interesses da população estão acima, mas muito acima mesmo, dos seus interesses, na maioria das vezes escusos.

Um dia, quem sabe, amadureceremos o suficiente para que essa prática seja realmente entendida e, assim, termos um país melhor.

Voltando à comunicação publicitária, seus trabalhadores e mentores fizeram de tudo para o sistema não parar ou diminuir de velocidade e podemos afirmar que isso acabou ocorrendo, diminuindo sensivelmente o caos financeiro que nos ameaçava.

Não que ele não tivesse ocorrido. Por muito tempo ainda, vamos sofrer as suas consequências, mas a nosso ver estas poderiam ser piores sem o inestimável auxílio prestado pela comunicação em geral, com destaque para a comunicação do marketing, ou publicitária, como queiram, cujos artesãos se esforçaram ao máximo para que os anunciantes prosseguissem vendendo e, com isso, mantendo os empregos dos seus milhares de colaboradores em nosso país.

Chegado ao fim dessa batalha – e ele está próximo segundo os experts, que preveem o seu fim – ou quase isso – já para fins de setembro vindouro, resta-nos consertar os estragos materiais e repor com saúde os sobreviventes, para que o trágico balanço dessa epidemia, ao menos em nosso país, seja o menor possível em comparação com outros, mais adiantados ou ainda que menos adiantados.

E, para aqueles que creem, que os céus jamais voltem a possibilitar esse tipo de desgraça que literalmente tirou o planeta Terra do seu eixo.

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Promessa de recuperação
A publicidade contempla os ciclos econômicos porque é a indústria que fomenta todas as indústrias. Assim como em outras ocasiões, em 2021 deu voz a um novo segmento que está trazendo às agências a oportunidade de disseminar sua criatividade: as casas de apostas online. O Betting Market, como detalha a reportagem de capa desta edição do PROPMARK, movimentou em 2020 cerca de R$ 42 milhões em compra de espaços de mídia. Este ano o budget de anunciantes como a Betfair.net, cliente da Ogilvy, Sportingbet, da carteira da agência Abille, ou Midinite, da Druid, vai ultrapassar a marca de R$ 139 milhões. É um alento para o trade, que viu despencar orçamentos na crise caudatária dos efeitos da pandemia. A propaganda está treinando os consumidores brasileiros sobre esse ambiente de apostas, 70% concentradas no futebol e muito forte na Europa, principalmente na Inglaterra. A legislação brasileira não permite jogos no Brasil, apenas os administrados pela Caixa, que tem o monopólio da atividade. O BNDES e o Ministério da Economia lutam pela aprovação de uma lei para poder receber os dividendos fiscais desse ramo econômico. Sabe quanto os brasileiros já apostam nas casas na Europa, principalmente na Inglaterra? Mais de R$ 7 bilhões, volume que deve dobrar em 2022. Por enquanto, as agências falam sutilmente do core business desses anunciantes, devido à ausência de marco legal. Elas estão vendendo o conhecimento (branding) das marcas como a Bet362, que é anunciante das nossas plataformas online.

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Veja ainda nesta edição análises consolidadas pela consultoria estratégica Warc que indicam recuperação consistente dos investimentos em ações de comunicação nos canais de mídia no primeiro semestre de 2021, respectivamente 12,5% (Q1) e 23,6% (Q2). O indicador de elevação de compra de mídia e a retomada de fees regulares e de pedidos de serviços às agências refletem a aceleração da retomada econômica interrompida em 2020 por conta da pandemia da Covid-19. A previsão é que o faturamento este ano, pela métrica da Warc, atinja US$ 665 bilhões. O estudo global contemplou 100 mercados, inclusive a América Latina, e o Brasil lidera a região com maior faturamento em ações de comunicação de marketing.

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Miscelânia
Esta edição traz ainda algumas campanhas que dão sinais que o mercado começa a reagir neste semestre. Entre os anunciantes em destaque estão Bradesco, com ação protagonizada pelo bicampeão mundial de surfe Gabriel Medina, em um encontro inusitado com Poseidon, o deus dos mares na mitologia grega. Criada pela Leo Burnett Tailor Made e produzida pela Stink com 3D e computação gráfica, a campanha traz a assinatura Encare o Futuro. 

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A influenciadora virtual Lu, do Magalu, entra no palco da Dança dos Famosos neste domingo (18). A ação foi desenvolvida pela Ogilvy em parceria com a própria Globo, que exigiu muita tecnologia embarcada. A Chevrolet é outro anunciante em destaque. A companhia aposta nas redes sociais com Carlinhos Brown batucando no volante de um dos modelos da marca.

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Já a Avon apresentou semana passada novo posicionamento de marca, resultado de uma jornada que a empresa julga de transformação e renovação.