Segundo Adriana Cacace, o cinema voltou ao patamar de vendas pré-pandemia, com faturamento acima de 2018 e muito próximo de 2019
O fenômeno “Barbie” e o longa “Oppenheimer” atraíram mais de 5 milhões de pessoas às salas de cinema nos primeiros dias de exibição. A mídia cinema (que tem share publicitário de 0,3%, segundo o Cenp-Meios) está retomando o fôlego no país, depois de sofrer com os efeitos da pandemia.
“A reconstrução do meio cinema foi rápida. Já voltamos ao patamar de vendas pré-pandemia, com faturamento acima de 2018 e muito próximo de 2019, que foi o nosso ano recorde. E encerramos a cinesemana de 20 a 26 de julho, com 6,3 milhões de espectadores na rede Flix. Esse foi o melhor resultado de público desde 2019”, afirma Adriana Cacace, diretora-geral da Flix Media Latam e Brasil.
A executiva fala sobre as métricas e os diferenciais do meio, como “ter a melhor tela para contar qualquer história”, além dos formatos de publicidade da Flix, que representa os 12 maiores exibidores do país, com 80% de participação de mercado, e atinge 2 milhões de pessoas semanalmente.
Que balanço a Flix Media faz do primeiro semestre do ano? Houve crescimento do cinema no período? Quais os números?
Os resultados da Flix no primeiro semestre de 2023 são muito animadores. O volume de marcas nas salas de cinema já aumentou este ano em relação ao mesmo período do ano passado. Entramos no segundo semestre da melhor maneira possível; até agora, julho já atraiu um público espetacular às salas de cinemas e superamos nossas expectativas em relação ao número e ao investimento de anunciantes.
Quais são as expectativas de negócios e novidades para o segundo semestre?
O resultado do primeiro semestre já foi muito positivo e a concentração de grandes lançamentos tem nos ajudado a criar oportunidades para os anunciantes. Entramos no segundo semestre bem otimistas. A quantidade de anunciantes e o valor médio investido aumentaram em relação ao ano anterior e a demanda por projetos e pacotes de mídia também.
Que filmes tiveram a maior audiência e quais os títulos mais aguardados em 2023? O que um filme precisa ter para ser sucesso de crítica e de audiência?
O ano começou com uma concentração grande de lançamentos, levando semanalmente mais de 2,3 milhões de pessoas aos cinemas. No primeiro semestre, tivemos “Avatar: O caminho da água”, “Gato de Botas: O último pedido”, “Homem-Aranha: Através do Aranhaverso”, “A pequena sereia” e “The Flash”, além de “Velozes e furiosos” e “Super Mario Bros.”, que foram as principais bilheterias do ano. As férias de julho começaram bem com “Indiana Jones e o chamado do destino”, “Elementos”, “Missão: impossível – Acerto de contas parte 1”, e a estreia da dupla “Oppenheimer” e “Barbie” foi histórica, atraiu mais de 5 milhões de pessoas às salas de cinema nos primeiros dias de exibição. “Barbie”, especificamente, consagra-se como sucesso de público e também com marcas. Ainda neste ano, temos outras grandes apostas, como “Asteroid city”, “Napoleão”, “Fale comigo”, “Tartarugas ninjas: Caos mutante”, “Besouro azul” e “Wonka”. São muitas variáveis para prever se um filme vai ser um sucesso de crítica ou bilheteria. Os distribuidores de filmes trabalham incansavelmente em campanhas distintas para que cada um de seus filmes encontre seu público e tenha a maior audiência possível, enquanto os exibidores se dedicam a garantir a melhor experiência de lazer coletiva e fora de casa.
A publicidade no cinema já voltou ao patamar pré-pandemia?
A reconstrução do meio cinema foi rápida. Já voltamos ao patamar de vendas pré-pandemia, com faturamento acima de 2018 e muito próximo de 2019, que foi o nosso ano recorde. E encerramos a cinesemana de 20 a 26 de julho, com 6,3 milhões de espectadores na rede Flix. Esse foi o melhor resultado de público desde 2019, quando tivemos 6,4 milhões em “O rei leão” e 7,5 milhões em “Vingadores ultimato”.
Quais são as principais inovações do meio para atrair o público para as salas de cinema?
Distribuidores e exibidores estão sempre buscando atrair mais público às salas de cinema, reconstruindo juntos o hábito de ir ao cinema e, certamente, a sequência de filmes importantes e para todos os gostos tem ajudado na renovação deste hábito tão importante. Sob a perspectiva de mídia, cinema é o único meio offline que trabalha com público garantido, CPCV, otimização de campanhas, 100% de viewability e brand safety. Caso algum lançamento fique aquém das expectativas de audiência, otimizamos nossas campanhas usando os reportes de público da Comscore. Essa garantia legitima ainda mais nosso meio como o único offline capaz de monitorar 100% da nossa audiência e entregar impactos garantidos. Essa característica nos aproxima das métricas mais usadas pelo mercado digital, ao mesmo tempo que temos a melhor tela, o melhor som e um ambiente imersivo, garantindo que todos os conteúdos cheguem da melhor maneira possível ao seu público.