A comercialização de veículos novos (automóveis, comerciais leves, ônibus e caminhões) em julho bateu recorde e subiu 18,9% no comparativo com julho do ano passado, apontam números da Anfavea (Associação Nacional das Fabricantes de Veículos Automotores). Foram emplacadas 364,2 mil unidades no período, o que faz do último mês o melhor julho da história para a indústria de automóveis.

No comparado com junho, as vendas cresceram 3,1%. O resultado também é o segundo melhor para todos os meses da série histórica, só perdendo para dezembro de 2010, quando foram vendidos 381,7 mil veículos.

As montadoras com mais unidades comercializadas foram Fiat, com crescimento de 32,4% sobre o ano passado, Volkswagen, com elevação de 34,8%, e General Motors, que registrou 13,4% de alta. Nas vendas totais de julho, a Fiat fechou com 23,95% de participação de mercado, a VW, com 22,41% e a GM, com 16,87%.

O balanço positivo é registrado após a redução do IPI (Imposto sobre Produtos Industrializados), no final de maio, que beneficiou as montadoras que produzem no país. Os números da Anfavea mostram que o imposto reduzido teve impacto direto na produção de nacionais, que registrou crescimento de 8,8% sobre junho. Mesmo assim, no acumulado do ano, a produção ainda tem saldo negativo, com retração de 8,5% entre janeiro e julho.

Em contrapartida, a redução do imposto retraiu o licenciamento de importados, que vinha em tendência de alta. As vendas de julho sobre junho tiveram queda de 2%. A participação dos carros estrangeiros no total de emplacamentos também encolheu: em janeiro um quarto dos carros vendidos era composto por importados, contra 19,2% registrados em julho.

O IPI reduzido segue até o final de agosto. Na semana passada passada, o ministro da Fazenda Guido Mantega declarou que o benefício não será renovado.