Os bancos são um dos mais tradicionais anunciantes do mercado publicitário brasileiro. Mas, nos últimos meses, a crescente movimentação de mídia - evidenciada em matéria especial desta edição do propmark - rendeu ainda mais lucros.

Com Madonna, o Itaú Unibanco comemora o seu centenário, agenda iniciada ainda em 2023 com direito à nova expressão de marca e o conceito ‘Feito de futuro’.

O Santander se reposicionou com a mensagem ‘Começa agora’, e o Banco do Brasil reforça o seu apoio ao esporte, enquanto Bradesco, Inter e banco PAN colocam campanhas no ar em busca de clientes cada vez mais digitais, hábito acelerado durante a pandemia da Covid-19.

Do outro lado do pêndulo, C6, Nubank e Nomad puxam decisões à luz da digitalização. Com ela, ainda vieram o pix, open finance e drex, projeto de moeda digital do Banco Central, puxando investimentos em tecnologia.

A primeira etapa da ‘Pesquisa Febraban de Tecnologia Bancária 2024’, realizada pela Deloitte, mostra que o orçamento total dos bancos brasileiros destinados à tecnologia, incluindo despesas e investimentos, pode alcançar R$ 47,4 bilhões em 2024. Vinte e quatro bancos responderam os formulários qualitativo e quantitativo, o que corresponde a 81% dos ativos da indústria bancária no país.

Segundo o estudo, os bancos dobraram os seus investimentos anuais em tecnologia em um período de oito anos, passando de R$ 19,1 bilhões em 2015 para R$ 39 bilhões no ano passado, alta de 104%.

Experiência do cliente (83%), inovações tecnológicas (71%), personalização de produtos e serviços (63%), segurança e privacidade de ponta (58%), responsabilidade social e sustentabilidade (54%) e ofertas integradas de ecossistema (54%) estão entre as prioridades.

A segurança cibernética está estampada em campanhas que visam a educar e alertar a população brasileira para se proteger contra fraudes e golpes, estratégia que corre ao lado de ações capazes de mostrar a relevância dos bancos no dia a dia das pessoas.

A busca é por diferenciação de propostas. Entre parcerias com influenciadores e celebridades, as campanhas tentam chamar a atenção dos clientes a fim de fortalecer a imagem das instituições e aumentar a confiança das pessoas.

Campanhas centradas no cliente, escuta ativa, monitoramento de dados, consistência, proximidade e antecipação se alternam com ativações de eventos dos mais diversos ambientes. Dos culturais aos esportivos, os patrocínios endereçam outra forma de estreitar laços com potenciais clientes, e fidelizar a base já consolidada.

O mercado financeiro ainda é destaque da matéria falando sobre a movimentação do Bradesco em busca de uma nova agência de comunicação.

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As atletas da ginástica artística emocionaram o Brasil com a conquista da primeira medalha olímpica por equipe nos Jogos de Paris 2024. Não tardou para as marcas exaltarem a vitória. A repercussão, o leitor pode acompanhar também nesta edição.

A ginasta Rebeca Andrade ainda ganhou Prata na final individual. Com outros competidores brasileiros, leva orgulho que se transforma em ações reverberadas por diversas marcas anunciantes do nosso mercado.

Frase: “Se você tiver a sorte de escrever um bom anúncio, repita-o, até que ele pare de vender.” (David Ogilvy)

Armando Ferrentini é publisher do propmark