Como transformar meu potencial em performance era um dilema com o qual eu lutava há um tempo. Durante esses anos de aprendizado e muito trabalho, percebi a dificuldade que muitas pessoas também têm com esse mesmo tema. Por isso, resolvi explorar um pouco do que me ajudou no processo de transformação e, obviamente, no dia a dia de trabalho.

Antes de tudo, você precisa entender uma coisa: elevar a performance não significa trabalhar mais de 12 horas por dia. Isso, inclusive, pode te distanciar do que realmente quer alcançar. Dito isto, posso dizer que o primeiro passo é entender: o que você quer? onde quer chegar? qual a sua meta?

  1. Defina uma meta clara (o que você quer?) e que seja mensurável. Nada como ter um alvo bem definido para saber onde mirar.
  2. É hora de elaborar um plano de ação sólido, ou seja, (como?). Para ter clareza do que é urgente ou importante, costumo usar a Matriz de Eisenhower. É uma ferramenta de gestão de tarefas que organiza e prioriza as atividades com base em sua urgência e importância. Com ela, você consegue separar as tarefas em quatro categorias: as que você vai fazer primeiro, as que você vai agendar para mais tarde, as que você vai delegar e as que vai excluir. Ótima para ter clareza do que realmente precisa ser feito.

Existem outros frameworks para constituir um plano de ação de acompanhamento. Um que é famoso é o PDCA: Plan (Planejar), Do (Fazer, executar), Check (Checar, verificar, mensurar) e Act (Agir). Esse método cíclico de gestão envolve quatro etapas: planejamento, implementação, verificação dos resultados e ação corretiva. É usado para promover a melhoria contínua e resolver problemas de forma sistemática.

O PDCA é altamente interativo e focado no aprendizado, ajudando as equipes a identificar e corrigir rapidamente problemas, promovendo eficiência e eficácia ao longo do tempo. Além desse, há vários outros tipos. O ideal é analisar cada um para entender o que se encaixa para você, sua equipe ou negócio. Aqui vão alguns exemplos:

OKRs - Objetivos e Resultados Chave

Esses são usados para definir e monitorar objetivos amplos, juntamente com os resultados específicos necessários para alcançá-los. Eles seguem uma estrutura simples, onde os objetivos descrevem o que se deseja alcançar e os resultados-chave são as métricas quantitativas que indicam progresso. A transparência, objetividade e foco em resultados são algumas das vantagens dos OKRs. Eles incentivam o alinhamento organizacional, definindo metas claras para todos os níveis da empresa.

Métricas SMART

Específicas, Mensuráveis, Atingíveis, Relevantes e Temporais. As métricas SMART são usadas para definir objetivos de forma clara e acionável. Além de precisas e orientadas por resultados, esse tipo de métrica ajuda a evitar objetivos vagos, promovendo um foco mais claro e facilitando a avaliação do progresso.

BSC - Indicadores Balanceados

O BSC é uma estrutura que traduz a visão e estratégia de uma organização em um conjunto abrangente de indicadores de desempenho. Ele inclui quatro perspectivas principais: financeira, cliente, processos internos e aprendizado e crescimento. Esse tipo de indicador oferece uma visão equilibrada do desempenho organizacional, considerando não apenas medidas financeiras, mas também fatores como satisfação do cliente, eficiência operacional e capacidade de inovação. Isso ajuda a garantir que todas as áreas críticas sejam monitoradas e melhoradas. Não adianta ter tudo anotado no papel ou simplesmente ter o "feeling" de como chegar lá – use e abuse de ferramentas que te auxiliem a colocar tudo preto no branco.

  1. Seja curioso e invista no aprendizado contínuo. Muitos confundem esse passo, achando que precisam investir muito dinheiro em cursos sofisticados. Bom, se você tem condições para investir, vá com tudo! Mas, se você, assim como eu na época das vacas magras, não tem, pratique a curiosidade e aproveite o que está disponível e de graça na internet. Repito: seja curioso! Utilize as inteligências artificiais para pesquisar sobre os temas nos quais você está se aprofundando, as principais referências, os cursos e infoprodutos disponíveis que podem te ajudar a alavancar, além de podcasts, TED Talks, palestras etc. Construa a sua própria trilha de conhecimento. Invista sempre em aprender e a exercitar a curiosidade.
  2. Pratique a consistência, persistência e disciplina. Eu costumo dizer que a persistência come o talento no café da manhã. De que adianta ter talento e acreditar que ele será útil para o resto da vida se você não o pratica? Muita gente que não tem tanto talento está todo dia aprendendo mais um pouco, persistindo com disciplina e humildade.
  3. Por fim, lembre-se de revisar e ajustar suas estratégias constantemente. O mercado muda, nós mudamos. Portanto, é essencial adaptar-se e fazer ajustes durante o processo!
Leonardo Secundo é diretor executivo de marketing da MAG Seguros