Todo mundo é fã de pelo menos um ídolo ou vários. Se antes a admiração era mais comum a atletas e astros da música e do cinema, com a internet as pessoas passaram a ser fãs de marcas também. As comunidades se proliferam nas redes sociais e se tornam um ativo importante para as empresas.
As comunidades torcem, defendem e buscam conexão emocional com as marcas. Se as mídias tradicionais são responsáveis pelo famoso tiro de canhão para gerar visibilidade, as campanhas voltadas para comunidades ajudam a gerar engajamento e vínculo com essas redes de fãs.
Reportagem de capa nesta edição traz a visão de profissionais do mercado, que afirmam que o futuro da comunicação está em equilibrar essas duas estratégias. Afinal, hoje não basta mais colocar uma campanha nas ruas. É preciso entrar na conversa dessas comunidades de forma autêntica e as marcas que conseguem isso criam relações mais duradouras e significativas com seus consumidores.
E, como sabemos, consumidores felizes fortalecem a reputação de uma marca. Quando se sentem parte de uma comunidade, eles não apenas consomem os produtos, mas se tornam defensores ativos e porta-vozes.
Dentro desse contexto, os microinfluenciadores também exercem um papel fundamental para criar um vínculo genuíno entre a marca e o público. Ao contrário dos grandes influenciadores, que acabam ficando mais distantes dos seus seguidores, os micro mantêm uma relação mais individual com as comunidades.
Outro ponto é que se antes o número de seguidores era a métrica dominante, hoje importa mais o engajamento. Vale mais a qualidade da recomendação que fazem e o nível de engajamento do que a quantidade em si.
A era da influência mudou tanto o comportamento de consumo que 77% das pessoas afirmam que já compraram algo influenciadas por uma comunidade de fãs, segundo o estudo ‘A era dos fandoms’, realizado pela Monks e Float. A pesquisa aponta ainda que 8 em cada 10 brasileiros dizem confiar mais em recomendações vindas de fãs do que em publicidade tradicional.
Com isso, é cada vez maior a adesão de anunciantes que incluem as comunidades em suas estratégias de marketing. Para o GPA, a aproximação com os consumidores gera menções espontâneas, confiança e, sobretudo, sentimento de pertencimento.
“Quando nossos clientes afirmam que fazem parte de algo maior, isso não só fortalece sua lealdade, como também reforça a confiança sólida e autêntica do Grupo Pão de Açúcar e de suas marcas, sejam das bandeiras, como o Pão de Açúcar e o Extra Mercado, ou das marcas próprias, como Qualitá e Taeq”, diz Amira Ayoub, head de marca do grupo.
Páscoa
Outro destaque desta edição é matéria sobre as expectativas da movimentação da Páscoa neste ano, comemorada no próximo dia 20 de abril. Mesmo com alta de 9,52% no preço dos ovos de chocolate, a data deve movimentar R$ 5,3 bilhões, crescimento de 26,8% ante 2024, de acordo com estudo da Associação Brasileira das Empresas de Cartões de Crédito e Serviços (Abecs) encomendado ao Datafolha.
Para atrair os consumidores, as fabricantes de chocolate apostam na estratégia omnichannel, com ações na TV, digital, OOH e ativações no ponto de venda. A Cacau Show, que tem a maior rede de franquias do Brasil, com 4.661 lojas, espera crescer entre 30% e 35%.
TV
Boa notícia para a mídia brasileira: o Canal UOL estreia na TV paga e amplia sua atuação multiplataforma. A empresa inaugurou três estúdios com o objetivo de reforçar a operação de vídeo e marcar sua entrada oficial na TV a cabo.
Frase
“Se um dia encontrar uma pessoa que é melhor que você, contrate-a. Se necessário, pague mais a ela do que a si mesmo” (David Ogilvy).
Armando Ferrentini é publisher do propmark