Venhamos e convenhamos, hoje está mais fácil selecionar influenciadores com todo aparato que se tem do que profissionais para a área, e já explico o porquê. Afinal, o tema é esse.
Num mercado crescente em importância e investimento, (e aqui estamos falando de um mercado com projeção global de US$ 15 bilhões em 2022), nascem vários players diariamente, como: agências de marketing de influência, agenciadores de talentos, ferramentas, redes sociais e, até mesmo, formatos. A profissionalização da Influence Economy acontece praticamente em tempo real, tanto para creatorsquanto para profissionais dessa área.
Para os creators ou interessados em ingressar nesse universo, existem empresas que podem monetizar os perfis, obter dados relevantes em softwares de fácil uso e aquisição, apps que ajudam a abrir MEI, precificar e enviar contratos para a empresa contratante, agências de marketing de influência que são especializadas em selecionar e recrutar os perfis, fazendo todo o trâmite para os famosos publis irem ao ar e, pasmem, existe até banco para esse segmento específico. Aqui no Brasil, o ecossistema está bem mais maduro. Ainda assim, números recentes desse mercado no país informam que há um mundo para aderir ao mercado profissional (23,7% não possui empresa aberta e mais da metade não emite nota fiscal, segundo estudo realizado pelo YouPix).
Já para o entorno, existe uma escassez de profissionais "prontos" para trabalhar com essa disciplina. Um adendo aqui: prontos nunca estarão (e me incluo nesse grupo). Em uma cadeia onde estamos em constante movimento e rápida transformação, impossível estar up-to-date o tempo todo. Mas o brilho de estar envolvido nesse businessé esse: a necessidade de imersão e entendimento.
Empresas estruturadas ou estruturando essa frente contratam profissionais que foram formados em empresas de marketing de influência. Essas empresas vão buscar perfis de creatorsem agenciadores de talentos. Esses profissionais, por sua vez, acabam ajudando e muito na formação dos profissionais da área.
Com essa dificuldade de encontrar "veteranos" disponíveis e, sempre formando especialistas no assunto, o que pega agora é ter velocidade duas vezes para atender a demanda exponencial do mercado.
Estrategista, Mídia & Performance para determinadas redes sociais, Especialista em metadados e insights, até mesmo Social Media, passam a ser currículos disputadíssimos e encarados como profissionais a peso de ouro. Estamos falando aqui em profissionais minimamente com soft skillsnecessários para seguir trabalhando nos bastidores desse mundo glamouroso dos tiktokers, youtubers, instagramers, twitteiros entre outras nomenclaturas carinhosas que já viraram profissões desejadas pela Geração Z.
Que esse artigo tenha a capilaridade de chegar até a Geração Z para um apelo: estamos contratando, candidatem-se! Longe de ser brincadeira. Por que não migrar de área!? Agora é a hora. São mais de 80 vagas publicadas só no Linkedin.
Marina Calado é diretora operacional da Airfluencers
