O PROPMARK preparou nesta edição o Especial Profissionais de Veículo com o intuito de traçar um panaroma da mídia e ouvir as estratégias dos principais líderes do segmento. Sejam de TV, rádio, jornal, site ou revista, os executivos relataram desafios em comum: o veículo de comunicação precisa atuar de forma multiplataforma e perseguir a inovação. O cenário de transformação do consumo de mídia vale para todos.

A Record TV, por exemplo, fala com mais de 130 milhões de pessoas mensalmente e o alcance do portal R7 supera a média de 76 milhões de visitantes únicos. O serviço de streaming PlayPlus e a Record News complementam a atuação do grupo, que espera crescer 8,4% em 2023. Formatos comerciais baseados em experiências multiplataformas ancoram o momento desafiador vivido pela TV aberta.

Alarico Naves, superintendente-comercial e multiplataforma do Grupo Record, defende a força da TV. “Além de alcance, a TV aberta possui grande versatilidade, proporcionando soluções de negócios cada vez mais inovadoras, através do seu conteúdo e aliada a outras plataformas”, comenta ele, acrescentando que a TV aberta chega a alcançar mais de 93% da população no Brasil.

No SBT, o foco é utilizar conteúdo, tecnologia, plataformas digitais e inovação digital a fim de encontrar soluções mais robustas de distribuição e de crescimento de produção de conteúdos linear e não linear. Segundo o diretor de negócios e marketing executivo, Fred Müller, a emissora possui investimento estratégico em inovação. Um dos exemplos é a aposta no meio digital, com canais como SBTGames, TV Zyn, SBT Sports e SBT News.

Na Bandeirantes, rádio, televisão aberta, fechada e digital compõem o ecossistema de mídia da emissora. “Nunca vivemos em uma zona de conforto por não sermos líderes de mercado. Sempre trabalhamos com múltiplas plataformas”, admite Cris Moreira, diretor-geral de comercialização do Grupo Bandeirantes.Paulo Pessoa, diretor-executivo do mercado anunciante do Estadão, conta que a estratégia do veículo é se apresentar como um parceiro para as marcas que precisam se posicionar dentro do atual momento. “Outro ponto é que estamos diversificando a nossa atuação, desenvolvendo novas audiências e produtos, exemplo disso é o Estadão Recomenda, vertical que avalia e recomenda produtos para nossa audiência, facilitando o processo de decisão de compra.”

Uma estratégia interessante que mostra a necessidade de atuação multiplataforma, mesmo para os meios nativos digitais, é a do UOL, que tem 82% de alcance da internet brasileira. O CEO Paulo Samia defende que é preciso misturar online com offline para uma entrega completa. Um exemplo disso é o CarnaUOL, maior projeto proprietário do grupo, que neste ano reuniu 15 mil pessoas no Allianz Parque, em São Paulo, com quase nove horas de shows ininterruptos.

Já Manzar Feres, diretora de negócios integrados em publicidade da Globo, frisa que o cenário dá conforto para afirmar que a TV terá protagonismo no futuro do digital. “O crescimento da TV conectada traz o melhor de dois mundos: a união da tela grande, que sempre foi sinônimo de conteúdo premium, atenção concentrada e um lugar seguro; e do digital, que reflete a assertividade e o surgimento de novos formatos”, salienta ela.

Do lado do rádio, Katia Zaratin Santacroce, gerente-comercial da Antena 1, destaca que a emissora sempre foi pioneira em tecnologia. Ela justifica a afirmativa lembrando que a empresa foi a primeira rádio online do Brasil, uma das primeiras skills da Alexa no país e conta com um constante investimento em equipamentos de ponta não apenas no online, mas também no OnAir.

E por fim, Exame se reposiciona como uma mediatech trazendo iniciativas como a Exame Academy, “um sinal de que a busca por qualificação e formação pode estar diretamente associada ao ambiente digital da informação”, ressalta o CMO Fernando Miranda.

Armando Ferrentini é publisher do PROPMARK