O leitor encontrará nesta edição um especial dedicado a uma retrospectiva dividida por cada trimestre de 2022 sobre os principais fatos da publicidade e os acontecimentos que impactaram o mercado de comunicação no Brasil, mês a mês.

O ano que termina ficará marcado por dois grandes acontecimentos: primeiro, a polarizada campanha eleitoral para a Presidência da República, com a vitória de Luiz Inácio Lula da Silva sobre o presidente Jair Bolsonaro, com alto grau de tensão e violência entre os apoiadores de ambos os lados.

Evento positivo, a seguir, foi a realização da Copa do Mundo de Futebol do Catar, nos meses de novembro e dezembro – período inédito para o campeonato –, que nas 21 ocasiões anteriores sempre havia sido disputado em junho. Embora o Brasil tenha sido eliminado pela Croácia nas quartas de final, a Copa movimentou o mercado com campanhas, patrocínios e eventos paralelos.

Os primeiros meses de 2022 deram início ao que se denominou “novo normal”, com o relaxamento quase total das restrições impostas nos dois anos anteriores por conta da pandemia da Covid-19. Com isso, ainda no primeiro trimestre, a economia voltou a apresentar índices de crescimento em todos os setores de atividade.

No cenário internacional, o mundo assistiu, incrédulo, em 24 de fevereiro, à Rússia invadir a Ucrânia, dando início a uma guerra ainda sem sinais de quando poderá terminar.

O segundo trimestre do ano coroou a volta presencial do Festival de Cannes, o mais importante evento de criatividade do mundo, após dois anos em que foi realizado online, em 2020 e em 2021, devido às restrições impostas pela pandemia da Covid-19. O Brasil encerrou sua participação no festival trazendo para casa 70 Leões e mantendo o posto de terceiro país mais premiado do mundo.
Também em junho, o relatório Cenp-Meios mostrou que o mercado publicitário brasileiro cresceu 19% no primeiro trimestre do ano, reflexo da normalização das atividades com o relaxamento das restrições impostas nos dois anos anteriores devido à pandemia.

O terceiro trimestre do ano foi aquecido pela realização de grandes eventos, como o Rock in Rio, em setembro. Outro fato marcante na comunicação foi a comemoração dos 100 anos da primeira transmissão de rádio no país, em 7 de setembro.

Tradicionalmente, o último trimestre do ano é sempre o mais movimentado para o mercado publicitário, mas este, em particular, foi atípico pela coincidência de três grandes acontecimentos no calendário. Tivemos eleições presidenciais, Black Friday e Copa do Mundo em curtos intervalos de separação entre um evento e outro. E o Natal ainda vem aí!

A expectativa do mercado é que este último trimestre deve concentrar um ânimo extra para o setor de publicidade com esses eventos, que exigem comunicação e conexão com os consumidores.

O crescimento da publicidade brasileira, aliás, se mostrou consistente neste ano. O faturamento das agências entre janeiro e setembro foi de R$ 13,6 bilhões, contra R$ 12,2 bi de 2021, de acordo com o último relatório do ano do Cenp-Meios. Esse valor significou um crescimento de 11,85% sobre o mesmo período de 2021.

O PROPMARK agradece a você, leitor, pela confiança e audiência, aos parceiros, anunciantes e a todos que colaboraram para encerrarmos mais um ano trazendo informação de qualidade, conteúdo apurado e uma cobertura abrangente do mercado de comunicação. Esta é a última edição impressa de 2022, o jornal volta a circular em 09/01/2023. Durante esse intervalo, o site propmark.com.br será atualizado normalmente. Boas-festas!

Armando Ferrentini é publisher do PROPMARK