Manter o fetiche do impresso vivo tem sido uma das missões de Daniela Falcão à frente da direção-geral da Condé Nast no Brasil. Durante o 3º Print Summit, em São Paulo, nesta quinta-feira (19), a executiva falou sobre as estratégias dos títulos da editora, como Vogue, Casa Vogue, GQ e Glamour.
No painel “Por que grandes marcas ainda anunciam em revista?”, Daniela falou sobre diversificação de receita e como os eventos têm ganhado relevância na empresa, chegando a representar 35% do faturamento anual. Chamados de lives, premiações e workshops são vistos como alternativa para garantir a sobrevivência dos títulos.
“Os eventos já estavam no cardápio das nossas publicações globais. Temos o Men of the Year, na GQ; o Geração Glamour, da revista Glamour; o próprio Baile da Vogue, que é uma concepção nacional. Todos eles hoje são fontes de receita importantíssimas. São o segredo para entregarmos um resultado melhor do que em 2016. São eficientes na hora de fidelizar e engajar esse leitor”, destacou a executiva.
A visão positiva em relação aos lives é transmitida também às marcas que patrocinam, entregando o mesmo engajamento e interação com os leitores. O digital entra como multiplicador do conteúdo, seja com a cobertura jornalística, transmissões ao vivo ou produtos que derivam desses eventos.
Ressaltando os desafios da indústria de moda com o vai-vem das crises econômicas no Brasil, a executiva reconhece a migração dos anunciantes para outras plataformas. Ainda assim, diz ser essencial a permanência do impresso na estratégia da editora, algo que não é a resposta absoluta para todas as marcas.
“Só vamos continuar vivos se conseguirmos manter o fetiche do impresso vivo. Publicações como a Vogue são colecionáveis, as pessoas não jogam fora. Vogue tem um lastro. Tem essa segurança e gera encantamento. É por isso que as marcas continuam anunciando. Esse encantamento é feito essencialmente no papel. Já o engajamento é possível no digital e nos lives”, declara.
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