Saiu mais uma pesquisa VAN Pro (Visão de Ambiente de Negócios em Agências de Propaganda) da Fenapro (Federação Nacional das Agências de Propaganda), mostrando que o terceiro trimestre foi novamente frustrante para o mercado. Os resultados obtidos na mostra foram coletados ao longo das duas primeiras semanas de outubro e refletem a performance das agências no 3º trimestre de 2019, além das perspectivas para o quarto e último trimestre de 2019 e o ano como um todo. Foram ouvidas 173 agências de todas as regiões do Brasil.

Mais uma vez, houve uma frustração com relação à performance no período. O que mudou foi o número dos que acham que permanecerá igual no próximo trimestre (de 30% para 40%).  Com relação ao ano, como um todo, houve uma queda de otimistas (de 53% para 44%), mas também de pessimistas (de 14% para 13%).

O que subiu de forma significativa foi o índice que retrata aqueles que esperam um ano igual, “andando de lado” (de 32% para 43%). As regiões Norte e Nordeste foram as que se mostraram mais otimistas, com 50% e 47%, respectivamente, dos respondentes. De qualquer maneira, com exceção do Centro-Oeste, todas as regiões apresentaram queda de otimismo no curto prazo. A região NE mostrou-se a mais otimista, com 93% dos respondentes com a expectativa de ter o ano melhor (47%) ou igual (46%).

A região menos otimista foi o Sul do país, mas ainda assim não prevendo um ano ruim: 83% dos sulistas preveem um ano melhor (41%) ou igual (42%). Entre os estados, Bahia e Espírito Santo estão entre os mais otimistas, com 63 e 60% respectivamente prevendo um ano melhor. A constatação mais clara é a que já não se espera um fato que possa mudar o curso dos negócios em 2019, com a maioria se conformando com um ano morno. 

O quadro de concorrências manteve-se praticamente inalterado, com índices semelhantes aos do trimestre anterior. Quanto aos setores da economia mais promissores, a área pública surpreendeu,  deixando o setor de serviços e do comércio nas segunda e terceira posições.

“Assim como os demais setores da economia, as agências de propaganda retratam um movimento morno nos negócios relacionados à comunicação. O ano de 2019 é dado como perdido e as atenções se voltam agora para um 2020 mais favorável”, diz Glaucio Binder, presidente da Fenapro.