Bastou o liberto, mas ainda condenado, manter-se em silêncio durante uma semana – após toda a falação do sábado posterior à sua soltura -, para a economia brasileira melhorar.

Pode ter sido apenas coincidência, mas que tem melhorado, lá isso tem.

Sem dúvida, não o suficiente que o país necessita, mas já um bom começo, podendo significar que entramos em uma nova era, ou, no mínimo, em um novo período do nosso atribulado ciclo econômico.

O fato induz à conclusão de que necessitamos de um bom período de calmaria na política para que a economia, aos poucos, se ajeite e convença os players do mercado que devemos prosseguir acreditando no Brasil.

A época, para o mercado publicitário, coincide com um bom movimento no comércio, devido à aproximação do Natal. Isso acaba sendo favorável para todos, principalmente para o ainda grande número de desempregados, que ao menos durante algumas semanas poderão se colocar no mercado de trabalho.

O quadro demonstra também que, diminuída a falação política, os investidores de todo tamanho e espécie arriscam suas apostas no consumo, mola propulsora de mais produção. Este, sem dúvida, não é apenas o Brasil que queremos, mas principalmente o Brasil que todos precisamos, para que novamente se transforme em um país mais justo para todos.

Neste particular, a propaganda tem uma missão muito especial no período, convencendo o público, embora sem cometer exageros, a comprar, aproveitando inclusive o 13º salário que está chegando.

Em virtude dessa boa situação, recomendamos aos políticos que deem trégua nas suas batalhas de conquistas de território, dando vez assim, mesmo que seja por pouco tempo, para que o povo possa melhor desfrutar dessa época que sempre foi de festas e comemorações por todo o país.

Cada um de nós brasileiros merecemos a trégua política que faltou nos últimos tempos, o que mais tem atrapalhado do que ajudado o país a alcançar seu destino.

Assim seja.


Outra boa notícia para a mídia impressa, que não morrerá jamais, foi conseguida através de luta insana da ANJ (Associação Nacional de Jornais) com a derrota na Comissão Especial do Senado da Medida Provisória 892, oriunda do parecer da senadora Soraya Thronicke, tendo sido aprovado voto em separado da senadora Rose de Freitas (Podemos/ES), considerando inconstitucional a Medida Provisória.

Como se recordam, o parecer da senadora seguia os objetivos da MP de desobrigar a publicação de balanços e atas empresariais nos jornais impressos. Ele foi rejeitado por 13 votos a 5.

Mais uma vez, menção de louvor à ANJ, que trabalhou intensamente nas últimas semanas, junto com diversos jornais associados, para essa importante vitória para o segmento jornalístico.

É de se lembrar que a luta não termina aí, tendo sido apenas vencida uma importante batalha. Agora, a MP segue para exame nos plenários das duas casas (Câmara e Senado). Porém, esse resultado já obtido na Comissão Especial demonstra o apoio à ANJ nessa questão.

Registre-se que, se a MP 892 não for votada nos plenários da Câmara e do Senado até o dia 3 de dezembro, deixa de vigorar.

Convém salientar ainda que a outra Medida Provisória em prejuízo dos jornais, a MP 896, que desobriga a publicação de editais de licitação nos mesmos, teve seus efeitos suspensos em função de liminar concedida no último dia 18 de outubro pelo ministro Gilmar Mendes, do STF, também em função de apelo pela ANJ. Além disso, informa a própria ANJ no seu comunicado, essa MP não começou sequer a tramitar no Congresso, que sequer instalou uma Comissão Especial para examiná-la. O prazo para esse exame caducará no dia 16 de fevereiro de 2020 e, segundo nossas fontes, o mais provável é que ela não seja votada até essa data.


A Ampro, presidida por Celio Ashcar Jr. e Wilson Ferreira Junior, durante a realização do 4º Congresso Brasileiro de Live Marketing, promoveu uma homenagem especial ao PROPMARK, não apenas pela aproximação dos 55 anos de circulação ininterrupta deste jornal, como também pela cobertura que tem dado a todos os setores da comunicação comercial brasileira, sem distinção.

Este editorialista, que fundou e dirige o PROPMARK desde então, recebeu da liderança da Ampro um troféu consubstanciando a realização do 4º Congresso da categoria.

Em agradecimento, lembramos uma história que ficou famosa no mercado da comunicação no Brasil.

O inesquecível Lívio Rangan, que iniciou sua carreira de sucesso aqui no Brasil dirigindo o marketing da Rhodia e de forma mais acentuada a sua divisão de moda feminina, ao ganhar o Prêmio Colunistas de 1984, como Publicitário do Ano (e já trabalhando na Gang, agência da qual foi sócio-fundador), ao receber seu troféu, afirmou aos presentes que não merecia aquele prêmio. Fez-se um silêncio no recinto e ele emendou: “Mas, e se eu merecer?”.

As palmas de todos os presentes avalizaram a importante premiação, em um momento mágico. Também agradeço à Ampro as palmas recebidas, nesta cerimônia do seu 4º Congresso.


O crescimento do turismo nesta época do ano em todo o país tem provocado criativas estratégias nos meios digitais, TV e OOH. O mais curioso a respeito desse crescimento reside na confissão dos players do setor, de que o turismo não tem parado de crescer, registrando nos últimos anos sucessivos recordes de público e de ampliação no mix de produtos e serviços.

Imperdível a entrevista com Manuel Falcão nesta edição do PROPMARK, onde o diretor de marketing da Globosat revela os ambiciosos planos para o futuro desse importante braço das Organizações Globo.


Caio Barsotti, presidente do Cenp, faz um balanço do Cenp-Meios a respeito dos investimentos publicitários no primeiro semestre deste ano. Animador.


“Eu me lembro de Marx. No Manifesto do Partido Comunista de 1848, ele afirma que na sociedade burguesa o passado domina o presente”. (Do indispensável livreto Memorando, de Geraldo Mayrink e Fernando Moreira Salles, recentemente relançado).

Armando Ferrentini é diretor-presidente e publisher do PROPMARK (aferrentini@editorareferencia.com.br)