O sanduíche é feito com "paleta suína" e "aroma natural de costela"; Procon-SP informou que a empresa pode ser multada em até R$ 11,6 milhões
Dias após toda a polêmica envolveu a linha McPicanha, do McDonald's, agora quem está no centro das atenções é o Burger King com o "Whopper Costela", lançado no final do ano passado. Com o PROPMARK adiantou, o Procon-SP já fez a notificação e deu prazo até sexta-feira (06) para que a empresa explique sobre a composição e a campanha publicitária criada para o sanduíche.
Em nota à imprensa na noite desta segunda (02), o Procon-SP afirmou o Burger King pode ser multado em até R$ 11,6 milhões se ficar comprovado que a marca fez publicidade enganosa e induziu o consumidor a erro.
Um pouco mais cedo, a companhia confirmou que o sanduíche, em vez de "costela", conta em sua composição com "paleta suína" e "aroma 100% natural de costela suína". A informação veio após os usuários das redes sociais começarem a levantar a questão.
"A transparência para com os nossos clientes é um valor fundamental e inegociável para o Burger King. Nesse sentido, em relação ao Whopper Costela, a rede ressalta que, desde o lançamento do produto, sempre comunicou com clareza em todos os seus materiais de comunicação a composição do hambúrguer presente no sanduíche, produzido à base de carne de porco (paleta suína) e com aroma 100% natural de costela suína", declarou a empresa em nota ao G1.
Apesar da explicação da marca, o filme de lançamento do produto, que pode ser visto abaixo, mostra o contrário. Em nenhum momento, há a informação, de forma transparente, sobre o sanduíche não contar com costela suína.
O mesmo cenário pode ser percebido nos materiais de divulgação utilizados na página do Instagram.
Guilherme Farid, diretor executivo do Procon-SP, disse que o órgão tem acompanhado com preocupação a publicidade de produtos alimentícios que destacam um determinado ingrediente que não faz parte da composição. "Nesse caso específico do Burger King, o consumidor compra o sanduíche acreditando que irá ingerir a carne da costela, ou seja, o consumidor é levado a erro", afirmou.
Procurado, o Conar (Conselho Nacional Autorregulamentação Publicitária), que abriu um processo para investigar a campanha do McDonald's, ainda não se pronunciou.
O PROPMARK pediu posicionamento do Burger King, mas a marca não se manifestou até o momento.