A interferência do Conanda (Conselho Nacional dos Direitos da Criança e do Adolescente) na publicidade segue contrariando as entidades ligadas ao setor. Depois de uma série de associações se pronunciarem contra a proibição total da publicidade infantil, a APP (Associação dos Profissionais de Propaganda) e a Aprosom (Associação Brasileira dos Produtores de Fonogramas Publicitários) também defenderam a autorregulamentação do segmento, sem interferência externa.
A APP chegou a afirmar que a iniciativa governamental é “autoritária”, e cita seu histórico para defender o controle por meio do Conar. “Fundada em 1937, em pleno Estado Novo, com o objetivo de preservar a liberdade da atividade profissional que já naquela época era alvo de grupos interessados em ditar as regras da comunicação comercial”, informou por meio de nota.
Já a Aprosom foi mais sucinta, mas também defendeu a regulação pelo Conar. “A Aprosom entende que o Conar, junto com o Código Brasileiro de Autorregulamentação Publicitária, já exerce sua função sobre o controle de regras quanto à publicidade abusiva para crianças e adolescentes, e que o Brasil tem um mercado publicitário maduro o suficiente para cumprir suas normas e funções”.