A PwC projeta que o faturamento dos setores de mídia e de entretenimento no Brasil alcance US$ 46,8 bilhões até o final de 2014. O valor é menor que o estimado pela PwC para o mercado ter alcançado em 2013. No ano passado, a expectativa da empresa era que o segmento faturasse US$ 48 bilhões. A receita do setor, contudo, foi menor: de US$ 42 bilhões.
Segundo a companhia, a redução se deve ao baixo crescimento econômico do Brasil nos últimos meses. “Fizemos uma diminuição de US$ 5 bilhões sobre a estimativa passada. O reajuste na projeção é expressivo”, afirma Estela Vieira, sócia da PwC Brasil. “A expectativa era que houvesse maior impacto na receita de publicidade com a Copa do Mundo, mas isso não aconteceu”, explica.
Apesar da revisão, o mercado brasileiro de mídia e de entretenimento continua entre os que mais devem crescer nos próximos anos. Comparado com o mercado global, o país está na 9ª posição como o de maior faturamento nas duas áreas.
De acordo com a pesquisa “Global Entertainment and Media Outlook 2014-2018”, produzida pela PwC e divulgada nesta quarta-feira (4), os Bric (sigla que representa Brasil, Rússia, Índia e China), além do México, devem crescer 10,4% ao ano nos dois setores. O faturamento desses países nas áreas de mídia e de entretenimento está estimado em US$ 396 bilhões. Já os 11 países considerados maduros na pesquisa (incluindo Alemanha, Japão, Reino Unido e Estados Unidos) somam um faturamento muito maior – US$ 1,4 trilhão em 2014 –, mas crescem a taxas menores ao ano, estimada pela PwC em 3,6%.
Nos próximos anos, a companhia projeta que o Brasil tenha crescimento expressivo e alcance US$ 57 bilhões em 2016, ano das Olimpíadas no Brasil. A expectativa para 2018 é que os setores de mídia e de entretenimento gerem uma receita de US$ 68,8 bilhões. Globalmente, os setores de mídia e de entretenimento devem somar US$ 1,86 trilhão neste ano e a estimativa é que movimentem US$ 2,27 trilhões em 2018.
A pesquisa da empresa avalia os gastos dos consumidores e a compra de publicidade em 13 áreas do entretenimento, incluindo TV aberta e fechada, internet, jornais, revistas, música, outdoor, cinema, games, entre outros, em 54 países. O número de nações contabilizadas no estudo teve um aumento neste ano, com a inclusão de Arábia Saudita, Emirados Árabes, Peru e Egito.