Campanha conta também com filme

 

No início desta semana, 35 ônibus foram queimados na cidade de Osasco, região metropolitana de São Paulo. Destes, 34 estavam na garagem da empresa Auto Viação Urubupungá. A condenável “prática de protesto”, que de um tempo para cá tem se tornado “comum” em diversos locais do país, acaba prejudicando a própria população. Afinal, muitos dos envolvidos nos atos de vandalismo dependem do transporte público no dia seguinte.

Para conscientizar as pessoas deste problema, a Rae,MP, agência liderada pelo publicitário Marcelo Ponzoni, assina a criação da campanha “Ônibus queimado não leva a lugar nenhum”, para a SP Urbannus (Sindicato das Empresas de Transporte Coletivo Urbano de Passageiros de São Paulo) – novo cliente da agência –, a CMT (Consórcio Metropolitano de Transportes) e o Fecootransp ( Federação das Cooperativas de Transportes do Estado de São Paulo).

O filme, com 30 segundos de duração, mostra uma série de pessoas que vão entrando e lotando um ônibus. Porém, ele está parado em frente a um ponto, inclusive com o motorista em seu banco, inteiramente destruído. A locução, em off, diz: “Ônibus queimado não leva a lugar nenhum. Pense, combata, preserve, denuncie”. E fornece o número para eventuais denúncias – 181, onde não é necessário se identificar. A veiculação conta com inserções no horário nobre da TV aberta, incluindo o intervalo do “Jornal Nacional”, na TV Globo.

Completam a campanha, que fica na mídia até 30 de maio, spots de 30 segundos para a rádio, anúncios em jornais gratuitos de rua e especializados, relógios de rua e inserção na Bus Mídia TV. A criação é de Marcos Andrade, com direção de criação de Mauro Kelm. Produção da Story Films, com direção de cena de Celso Rosa.

“Conscientizar a população é o primeiro passo. Quando as pessoas entendem que os demais estão prejudicando o bom funcionamento da cidade e tirando delas próprias o acesso aos meios de transporte, a cobrança passa a ser maior”, diz Ponzoni. “As ações de vandalismo contra os ônibus criam uma situação complicada. Em vez de renovar a frota, as empresas acabam tendo de investir na aquisição de carros para repor aqueles veículos que foram perdidos, com as ações nos protestos”, completa Francisco Christovam, presidente do SP Urbanuss.