A Black Friday deste ano registrou um faturamento de quase R$ 5,5 bilhões, valor que significou um crescimento de 5,8% na comparação com a data de 2020, como mostrou levantamento feito pela Neotrust. Do outro lado da ponta, obviamente, houve um aumento nas reclamações por parte dos consumidores.

Segundo o Reclame Aqui, o fim de semana pós-Black Friday trouxe mais indignações de consumidores que enfrentaram problemas com compras realizadas. O site explica que iniciou o monitoramento às 12h da quarta-feira (24), sendo que, até a 23h59 de sexta-feira (26), eram 10.172 reclamações, cerca de 11% a mais que em 2020.

E, ao final do domingo, o total já tinha atingido mais de 16.200 reclamações ante 13.400 do ano passado, um aumento de 20%.

Das 12h da última quarta-feira (24) até hoje (1), o ‘atraso na entrega’ lidera como principal motivo de reclamações, com 25,8%. Na sequência aparecem ‘propaganda enganosa’ (15,1%), ‘estorno do valor pago’ (8,6%), ‘problemas na finalização da compra’ (7,1%) e ‘produto errado’ (6%) – clique aqui e veja o ranking completo.

“A compra não termina quando passa o cartão de crédito, é preciso estar atento para que as entregas sejam feitas dentro do prazo que a própria empresa se comprometeu”, alerta o CMO do Reclame Aqui, Felipe Paniago.

O executivo ainda contou que ‘falsas promoções’, ‘falta de clareza nas informações para as promoções’ ‘problemas com infraestrutura no e-commerce’ e ‘não ficar atento às reclamações dos consumidores’ são as outras falhas mais comuns que as empresas cometem.

E DO QUE RECLAMAM?
Com 15%, os smartphones são os produtos que mais trazem dor de cabeça para o consumidor. Monitoramento do Reclame Aqui, da última quarta até hoje, aponta que, depois dos celulares, vem o serviço de entrega e TV.

Os produtos que aparecem na sequência são: tênis, transporte de carga, cartão de crédito, passagem aérea, hipermercados, geladeira/ refrigerador e notebooks.