
1. O mercado da comunicação do marketing evidencia sinais de recuperação neste segundo semestre, em busca do tempo perdido até aqui, onde o principal fator, surpreendentemente, foi a Copa da Fifa.
Ao contrário do que a grande maioria de empreendedores imaginava há dois anos, o maior evento do futebol mundial paralisou as atividades e investimentos durante a sua realização. Além disso, a coincidência infeliz da economia brasileira em declínio evitou um mínimo de euforia nos meses antecedentes, agravando as inversões no setor publicitário.
Pode-se hoje dizer, com a perspectiva assentada nas duas semanas passadas após a grande final no Maracanã, que poucos ganharam muito com a Copa no Brasil. Os demais estão contabilizando suas decepções e pagando o alto preço da festa de arromba.
Como o país está situado entre a sexta e a sétima economia mundial (alguns índices indicam a sexta, outros a sétima) e tem uma população de 200 milhões de habitantes/consumidores e uma classe C hoje já superior à D em número de integrantes, temos que acreditar que até o final de dezembro o ano será salvo, registrando inclusive em alguns casos resultados que poderão ser considerados satisfatórios.
Há um dado que vai ajudar e que reside na quantidade de feriados caindo em finais de semana. E há um complicômetro: as eleições de outubro e suas consequências. A primeira delas, as pesquisas de intenção de voto, que, conforme os resultados e divulgação, oscilam as Bolsas com reflexos na economia.
Outra consequência: o horário eleitoral gratuito na mídia eletrônica, reduzindo o tempo disponível para comercialização, com relevância no horário nobre, além de diminuir a audiência nas extremidades do mesmo (horário eleitoral).
Há outra: a suspensão de toda propaganda de governo, já em curso, reduzindo sensivelmente o dinheiro no mercado. Como se sabe, o governo é o principal anunciante do país.
2. Anúncio fúnebre é sempre um desafio para qualquer redator publicitário. Há que tentar sair do lugar-comum (padrão), sem todavia sequer esbarrar no impróprio.
Diante disso, fazemos questão de mencionar o delicado anúncio em memória de Marcio Moreira e criado pela WMcCann, convidando parentes e amigos “do mais internacional publicitário da história da publicidade”, para a missa do 30º dia do seu falecimento.
O copy lembra ainda que “nenhum outro (publicitário) se movimentou em tantos países com tanta naturalidade e falando a língua de cada lugar, como se fosse um local como o Marcio”.
Para os que lerem esta edição do propmark até o início da manhã de segunda-feira (28), a missa será realizada às 9 horas desse dia, na Paróquia Nossa Senhora do Brasil, no Jardim Paulista (SP).
3. Elogios para o Grupo Bandeirantes de Comunicação (TV e emissoras da grande cadeia verde-amarela, além de outras plataformas) pelo trabalho em prol da valorização da atividade publicitária junto ao seu imenso público.
As mensagens do Grupo Bandeirantes dentro do contexto dessa campanha lembram a importante e indissolúvel associação da propaganda com a economia, que nem sempre e por mais incrível que possa parecer, é assim entendida.
Ao contribuir para o reforço da imagem da publicidade, o Grupo Bandeirantes neutraliza de certa forma o mal que determinados grupos ideológicos tentam proporcionar à atividade.
4. Walter Longo, presidente da Grey Brasil e mentor de estratégia e inovação do Grupo Newcomm, será o convidado da Arena do Marketing desta noite (28), realização da Folha em parceria com a ESPM.
Longo debaterá com Rodrigo Tafner, coordenador do curso de graduação em Sistemas de Informação em Comunicação e Gestão da ESPM, o tema “A comunicação na era digital: inovação e desafios”.
O evento será realizado no estúdio nº 4 da escola, à Rua Dr. Álvaro Alvim, 123, Vila Mariana (SP), aberto para jornalistas interessados na matéria. Haverá transmissão ao vivo pelo link www.espm.br/live.
Este editorial foi publicado na edição impressa de Nº 2508 do jornal propmark, com data de capa desta segunda-feira, 28 de julho de 2014