A revolução digital está mudando radicalmente as relações nas empresas. E com essa transformação surgem novos métodos de trabalho, novas ferramentas e um novo jeito de compartilhar informações. Agora estamos entrando em uma nova fase, a da robotização. E é fácil perceber, pois muito se fala em chatbot, algoritmos, inteligência artificial, Internet das Coisas (Iot). Com todo esse cenário, precisamos ser ágeis em como gerir pessoas, uma vez que a gestão deve acompanhar os novos tempos.
Tudo é imediato, para já, para anteontem. A agilidade das relações via redes sociais, Whatsapp, e-mails torna tudo mais efêmero. É necessário estar antenado às novidades, acompanhar as atividades da equipe e, ao mesmo tempo, ter serenidade para lidar com as pressões e cobrança do cargo. A inteligência emocional nunca foi tão bem-vinda.
E ainda existe uma nova geração de jovens profissionais que querem ser felizes e trabalhar com propósito. Não é só uma questão de salário no final do mês. É uma geração que busca usufruir e não possuir. Conhecida como geração on demand, essa turma precisa de chefes capazes de estimular sem sufocar, ensinar sem mandar, pedir e sempre ouvir, solicitar e compartilhar o conhecimento.
Tudo para proporcionar felicidade no trabalho. É possível? Loretta Breuning, autora do livro “Hábitos de um Cérebro Feliz”, chama a atenção para a existência do hormônio da felicidade, conhecido como oxitocina ou “hormônio do abraço”. Trata-se de um composto cerebral importante na construção da confiança para desenvolver relacionamentos emocionais. O simples fato de se colocar no lugar do outro, respeitar diferentes opiniões, dar empoderamento à equipe, contribui para o aumento da oxitocina.
Para enfrentar os desafios contemporâneos com serenidade, a resiliência surge como uma fortaleza. O psicólogo americano Daniel Goleman, autor do livro “Inteligência Emocional”, afirma que o segredo para o sucesso na vida está em conseguir equilibrar o lado racional com o conhecimento das próprias emoções. “Um líder tem a habilidade de influenciar, dirigir, guiar, inspirar, ouvir e mobilizar profissionais que são bons. É ele que catalisa o impacto das pessoas e o multiplica”, afirmou em uma publicação recente.
Acredito em uma “liderança oxitocinada”, que, mesmo frente ao imediatismo, às mudanças de cenários, e às muitas informações, seja inspiradora e possa motivar equipes e jovens a trabalhar com empatia. Mesmo que o cenário não seja positivo, que a pressão por resultados seja grande, o otimismo faz toda a diferença. Afinal, máquina nenhuma ainda é capaz de superar o ser humano.
Flavia Altheman é superintendente executiva de negócios & marketing da Getnet