A Riachuelo lança nesta quarta-feira (24) a sua primeira websérie. A “Entre Costuras” traz histórias das pessoas por trás de cada peça e alguns dos processos da fábrica. A Mutato assina a criação.
A primeira temporada foi gravada na fábrica em Natal (RN) e tem quatro episódios, que vão ao ar nos perfis da marca no Youtube e redes sociais. A apresentação é da influenciadora Thaynara OG. Ela foi escolhida pela parceria antiga com a empresa, por ser nordestina e pela forma espontânea de entrevistar.
Segundo Marcella Kanner, gerente de marketing, a Riachuelo tem desenvolvido projetos voltados para garantir cada vez mais transparência. “Entendemos o nosso compromisso social e acreditamos no poder transformador da moda na vida das pessoas. Desde os clientes que expressam sua individualidade por meio das coleções até as histórias de conquistas dos colaboradores por trás de cada roupa que é feita. Costumo dizer que somos a soma de muitas vozes e é exatamente isso que queremos mostrar com esta série”, afirma.
O episódio 1 (Gerações) fala de como uma ideia se transforma em uma peça e as gerações de colaboradores em cada etapa. O 2 (Diversidade) tem foco nas vidas transformadas pelos empregos. O 3 (Personalização) destaca os processos de customização das peças, que expressam o jeito e personalidade dos clientes. E o 4 (Gestão) aborda como hoje 70% do quadro de colaboradores é composto por mulheres, destas, 68% ocupam cargos de liderança. Também há uma conversa com Nevaldo Rocha, fundador do Grupo Guararapes, que representa a maior confecção de vestuário da América Latina, com fábricas próprias em Natal e Fortaleza (CE). O Grupo tem ainda o Shopping Midway em Natal, a Midway Financeira, a Transportadora Casa Verde, três Centros de Distribuição e dois Teatros Riachuelo.
Fashion Revolution
O conteúdo entra no ar junto com uma ação de visita à fábrica da empresa em Natal, que reuniu estudantes de moda, jornalistas e influenciadores.
A ação tem o objetivo de reforçar o pilar de transparência da marca, que esteve presente no Índice de Transparência Moda Brasil, do Fashion Revolution, em parceria com o FGVces (Centro de Estudos em Sustentabilidade da Fundação Getúlio Vargas), em 2018.
O relatório avaliou como varejistas de moda estão comunicando o público sobre suas cadeias produtivas e incentivando mais consciência e prestação de contas em relação aos impactos socioambientais do setor.
Outra frente de atuação é o movimento “Moda Consciente” que envolve as questões da empresa voltadas para sustentabilidade, responsabilidade social e diversidade.
O momento do conjunto de ações não é por acaso. A visita e o lançamento da websérie acontecem durante a Semana Fashion Revolution, movimento mundial organizado para valorizar a moda sustentável, incentivar a transparência na cadeia produtiva e promover a conscientização sobre o consumo.
O movimento tem a campanha #QuemFezMinhasRoupas para conscientizar sobre o custo da moda e seu impacto. Para participar, o usuário deve tirar uma selfie com a etiqueta da marca que está vestindo e questionar a empresa no seu perfil e as hashtags #QuemfezMinhasRoupas? #FashionRevolution.
Com atividades em mais de 100 países, o movimento foi criado após um conselho global de profissionais da moda se sensibilizar com o desabamento do edifício Rana Plaza em Bangladesh, em abril de 2013, causando a morte de 1.134 trabalhadores da indústria de confecção e deixando mais de 2.500 feridos.
No Brasil, também há eventos ao longo do ano como rodas de conversa e workshops. Em 2018, a Fashion Revolution envolveu 23 mil pessoas, 47 cidades, 400 voluntários, 38 embaixadores em universidades e 733 eventos.