Questionamentos sobre o futuro da TV e seus novos formatos permearam o debate realizado no 1º Seminario Internacional Sonhar TV, que aconteceu nesta quarta-feira, na Cinemateca, em São Paulo. O evento é uma iniciativa do movimento Sonhar TV, que tem como objetivo promover uma discussão sobre o que seria uma hipotética televisão dos sonhos para a sociedade, além de estimular o desenvolvimento de formatos televisivos inovadores.
Uma das convidadas do seminário foi Ana Paula Dourado Santana, Secretária do Audiovisual do Ministério da Cultura. Segundo ela, o principal objetivo do movimento é mostrar a importância de construir um trabalho sólido, promovendo sempre a parceria entre o poder publico, a iniciativa privada, as emissoras e o telespectador, que é o principal interessado nas ações. Para a profissional, a ideia do Sonhar TV e do próprio evento é eliminar a visão limitada do setor e mostrar que a política cultural deve ser pensada para seus diversos públicos e não apenas tendo o artista como foco.
Segundo Ana Paula, o Sonhar TV tem a oportunidade de ter a inteligência audiovisual em movimento em prol de um meio que tem o poder de criar o hábito no telespectador, fato que nenhum outro conseguiu até hoje. Para ela, tanto se fala do digital, mas ainda o que se vê é somente uma nova forma de exibição e de fazer o conteúdo fluir.
O evento também contou com a presença do empresário Luis Calainho, que destacou a importância do seminário para construir idéias e debater formatos. Calainho falou de como seria uma TV dos sonhos. Para ele, a principal meta era criar um modelo que inspirasse as pessoas e provocasse debates, crescimentos, mutação e transformação.
Outra palestrante, Beth Camona, da Midiativa e Com Kids, também falou como deve ser a TV dos sonhos. Para ela, o novo modelo deve primar pela qualidade, sempre atento às qualificações profissionais, que são muito importantes. Falou também sobre sua escolha pela produção infantil, que quando começou, nos anos 90, era um segmento desprezado pela TV brasileira e hoje é uma realidade, principalmente, nas TVs por assinatura.
Já para Luiz Erlanger, diretor geral da Rede Globo, a TV ideal tem que ser plural no sentido do conteúdo, livre e tem que ter um universo bem estabelecido. Ainda estiveram presentes Omar Rincón, crítico de televisão e colunista do jornal El Tiempo, e Jonathan Taplin, diretor geral do Annenberg Innovation Lab.