Em meio a um crescimento vertiginoso do mercado mobile no Brasil, ainda existem alguns gargalos de mão de obra a serem preenchidos. Com um foco misto de produtos próprios e serviços para anunciantes, agências e até outras empresas de tecnologia, a StartApps completa um ano de operação (e dois anos de planejamento) com a intenção de se posicionar como referência no assunto.
“Não somos apenas uma empresa que desenvolve aplicativos, oferecemos uma coisa muito mais intangível. Nós viabilizamos a solução que o cliente quer por meio do mobile. Precisamos entender o contexto e o problema de comunicação de uma marca com um público específico, e tentar resolver isso via mobile”, diz o cofundador Guilherme Hilsdorf. “Além de executar e criar o produto, nosso papel também é levar o know how do mercado para o cliente. A plataforma mobile é aberta, mas os executivos ainda não sabem muito bem como tangibilizar a solução, então estamos criando indicadores e alinhando os dados para auxiliarmos nisso.”
Com faturamento em 2013 estimado em R$ 500 mil, proveniente de aproximadamente 35 projetos fechados, a StartApps tem a expectativa de dobrar as receitas nesta temporada, posicionando-se como um player médio no mercado, tendo sempre a especialização em mobile como diferencial. São quatro sócios (Guilherme Hilsdorf, Vinícius Hilsdorf, Fernando Pires e Nathan Hegedus) em uma startup que não tem aporte de nenhum investidor e aposta no crescimento orgânico e na diversificação de negócio.
Hoje, a empresa tem três produtos prontos: um aplicativo para jogos universitários, uma solução para reservas e filas de espera de restaurantes e uma rede social exclusiva para eventos sociais como casamentos ou formaturas. Com esses três “na prateleira”, a StartApps passa a ter uma renda recorrente e pode se dedicar aos projetos de serviços, que precisam de mais atenção e têm demanda menos previsível.
A StartApps pode até trabalhar para outras empresas de inovação. “Se você tem uma startup e uma ideia, você precisa de qualidade e know how em mobile, de um desenvolvedor e de um especialista. Com isso, você me paga como empresa de serviço e tem uma célula alocada no seu escritório”, conta Fernando Pires. “O business desses novos empreendimentos é o aplicativo, mas eles precisam de quem desenvolva isso. E o mercado ainda é carente de mão de obra qualificada, e geralmente o próprio executivo não tem conhecimento do mobile suficiente.” A empresa, que possui 14 colaboradores, já desenvolveu aplicativos para B2, Bausch&Lomb, GVT e Buscapé.