Especializada na avaliação e venda de ativos físicos por meio de leilões oficiais presenciais e via internet, a Superbid pretende leiloar nesta quarta-feira (27) a marca Cosmopolita, com lance inicial de R$ 350 mil.

Registrada no INPI (Instituto Nacional de Propriedade Industrial), a marca criada no final do século 19 pela Metalúrgica Paulista S/A foi pioneira em fogões e aquecedores a gás no Brasil. No inicio dos aos 70, a companhia foi transferida para a Wallig Sul S/A, sendo assumida pela Coomec-Coop Industrial Mecânica na década seguinte, para operações também no mercado de distribuição de gás, principalmente no Rio de Janeiro e São Paulo. Porém, a companhia faliu e a marca foi adquirida como parte de pagamento de um de seus representantes.

A Superbid tem uma carteira com cerca de 150 mil compradores ativos e mais de 300 clientes vendedores, entre eles, o Coca Cola, Grupo Votorantim, Volkswagen, Renault, Rhodia, Ambev, Vale, Pirelli, Schincariol, Brasil Telecom, entre outras.

Os potencias interessados na compra da marca são empresas do setor de eletroeletrônicos e eletrodomésticos que poderiam reposicioná-la no mercado.

Nos últimos anos, o leilão de marcas clássicas tornou-se uma oportunidade para investidores e empresas capitalizar sobre a autenticidade delas no mercado global, embora alguns exemplos questionem o potencial real desse negócio.

Em Nova York, a Racebrook, firma de private equity realizou o leilão de 150 marcas americanas famosas de varejo e produtos de consumo, sendo que, cada uma foi apontada por especialistas como possível alicerce para um negócio de 100 milhões de dólares. Porém, o lance mais alto do leilão que ocorreu em dezembro de 2010 foi de apenas US$ 45 mil para a marca Shearson, US$ 23.500 para Meister Brau, e US$ 30 mil para Handi-Wrap. A Collier’s, marca de uma revista de uma longa história nos Estados Unidos, foi vendida por apenas US$ 2000.

Mas a história mostra exceções como o leilão da marca Mappin cujo preço inicial era de R$ 8,5 milhões, em 2007. A rede quebrou em 1999, deixou um passivo de R$ 1,2 bilhão e 4.500 trabalhadores desempregados. O controlador da loja, Ricardo Mansur, chegou a ser preso, acusado de crime financeiro.

Só em 2010 a marca foi finalmente comprada pela Marabraz, em leilão público, por R$ 5 milhões. De acordo com informações da companhia, a marca Mappin será relançada ao mercado até 2013.

Por Perla Rossetti, com informações da Folha de S.Paulo