Os limites da interação humana com os animais de estimação ficam cada vez mais estreitos com a ajuda da tecnologia. Um aplicativo curioso – criado pelo ex-engenheiro da Amazon Javier Sanchez, que atualmente trabalha na empresa de tecnologia Akvelon – promete traduzir os miados dos gatos, ajudando os seus donos a reconhecerem as principais necessidades dos seus felinos.
O “MeowTalk” permite gravar os miados, combinando-os inicialmente com nove intenções básicas associadas à fome e dor, que podem ser aprimoradas conforme o seu uso.
O dono do pet deve fornecer de cinco a dez exemplos de um miado específico e verificar as suas possíveis causas. Os significados podem ser ajustados, ensinando a ferramente a identificar cada som.
Inteligência artificial e machine learning estão por traz do aplicativo, mostrando o potencial da tecnologia na conexão das marcas do mercado de pets com os donos dos animais.
De acordo com dados da Euromonitor International, o Brasil é o segundo mercado de produtos pet do mundo, com 6,4% de share, à frente do Reino Unido (6,1%). Só perde para os Estados Unidos, que têm 50% do setor.
Entre indústria e varejo, o faturamento do mercado atingiu o valor de R$ 35,4 bilhões em 2019, alta de 3% ante o ano anterior, de acordo com o Instituto Pet Brasil. A Associação Brasileira da Indústria de Produtos para Animais de Estimação (Abinpet) estima que o mercado represente 0,36% do PIB, ultrapassando atividades como utilidades domésticas e automação industrial.
As varejistas Cobasi e Petz, além das fabricantes Nestlé, com Purina, e Mars, com Pedigree, Whiskas e Royal Canin, estão entre as principais marcas do setor ao lado de novatas como a Cafuné, recém-lançada pela Unilever.