O Twitter acaba de anunciar o lançamento do Spaces para Android, acirrando a disputa com o Clubhouse, disponível apenas para IOS. Entrar em salas de áudio para falar com grupos de pessoas é a premissa do recurso, que coloca o Twitter como uma plataforma cada vez mais empenhada em “trazer toda voz na conversa da sociedade”, disse God-is Rivera, diretora global de cultura e comunidade do Twitter, durante o painel “A Message to the Community: Setting a New Bar with Culturally Competent Creative”, exibido nesta terça-feira (2) durante o Cannes Lions Live 2021, realizado entre os dias 1 e 5 de março.
Além de reagir à concorrência, o Twitter expande os recursos capazes de reverberar discussões aderentes aos clamores sociais, como a inclusão e a diversidade. “Competência cultural é a chave para entender os grupos marginalizados na sociedade e a criação de processos de trabalho é essencial para encontrá-los”, comenta God-is Rivera em vídeo transmitido em formato online.
Segundo a executiva, a indústria ainda não faz o suficiente para dar o devido espaço a grupos como LGBT e negros. Mas ela convoca o mercado a estabelecer novos padrões utilizando a competência cultural para aproximar, educar, gerar consideração e integrar a experiência desses grupos. “Convido todos a criarem processos capazes de suportar a própria evolução da vida dessas pessoas. É preciso entender comportamentos que são diferentes”, diz God-is Rivera.
A especialista em cultura revela o caminho. Primeiro, as marcas devem se certificar de que perspectivas diversas estão integradas em cada fase do trabalho. Depois, devem fazer as perguntas certas para compreender as demandas, entregando valor e representatividade. “A criatividade é poderosa, mas a competência cultural é que torna a criatividade realmente impactante”, lembra God-is Rivera.
O passo seguinte é ouvir e aprender sobre as vozes com as quais a marca deseja se conectar. A próxima orientação é “não espere pela crise”. God-is Rivera alerta para a necessidade de se construir uma relação profunda com comunidades diversas a fim de evitar desgastes.
Para que tenham um significado real, as marcas devem se comprometer a ouvie os diversos grupos com respeito e transparência, se prontificar a promover um trabalho mais compreensivo para entender pessoas, cultura, a sociedade e seus sistemas. “Entender a diversidade significa evoluir”, adverte a executiva. Imaginar o poder de um mundo realmente inclusivo é a reflexão deixada por God-is Rivera.