A Victorinox nasceu de uma oficina de cutelaria na Suíça, que criou o lendário “Original Canivete do Exército Suíço”, em 1884. Os canivetes permanecem no portfólio, mas a marca hoje produz relógios, itens de cutelaria, malas de viagem, fragrâncias, entre outros. E está investindo no mercado brasileiro com o objetivo de um aumento nas vendas da ordem de 15% este ano. Segundo o CEO da empresa no país, Karl Kieliger, cerca de 30% de sua verba de marketing mundial será investida aqui, mesmo sem ter uma agência de publicidade local – a marca atua em sintonia com a Leo Burnett suíça.
O executivo diz que as estratégias de marketing são traçadas na matriz para cada divisão de produto e as subsidiárias executam de acordo com cenários e oportunidades dos mercados locais. Não há, segundo ele, a necessidade de uma agência nacional, já que tudo é criado fora e os planos de mídia são negociados globalmente. “Até 2016, pretendemos estar entre os 15 países com maior faturamento para Victorinox no mundo”, reforça Kieliger.
Há 20 anos no país, a marca decidiu focar, em 2014, na coleção “Brasil Edição Limitada”. Comercializou peças criadas por designers brasileiros e fechou parceria com a CBF, quando lançou um canivete temático da seleção. Mais recentemente, criou uma pop up store no morro da Urca, no Rio de Janeiro, e adesivou o interior do bondinho do Pão de Açúcar. Foi a primeira vez que uma marca se apropriou da parte interna de um dos maiores ícones cariocas para uma ação do gênero. “Trouxemos essa ideia da Europa, onde já realizamos a ação nos bondinhos dos Alpes Suíços”, explica o executivo.
No alto do Pão de Açúcar, os turistas encontram um grande painel da empresa onde podem deixar mensagens e registrar sua passagem pelo local. Kieliger diz que a meta é manter a presença no local até as Olimpíadas, em 2016. “Já para o segundo semestre nosso foco é um lançamento da divisão de relógios, algo jamais visto na indústria relojoeira. Iniciaremos a comunicação em setembro”, revela.
A marca possui hoje uma loja própria no Shopping Cidade Jardim, em São Paulo, e está nos planos a abertura de uma loja-conceito. O ano de 2013 registrou crescimento de 17% em relação a 2012, com canivetes, itens de cutelaria e relógios liderando as vendas.