A Vivo vai ampliar o incentivo à arte neste ano, porém, com um olhar dedicado à cultura e aos artistas negros. A iniciativa da companhia vai envolver novos patrocínios nas artes plásticas, além de uma temporada no Teatro Vivo em Casa e conteúdos voltados ao tema na plataforma Vivo Cultura.

Entre as parcerias já definidas estão a renovação dos patrocínios ao Masp, ao Museu de Arte Moderna de São Paulo, ao Instituto Inhotim e ao Palácio das Artes, em Minas Gerais. Somam-se a essas iniciativas os novos patrocínios ao Museu da Imagem e do Som e à Pinacoteca, em São Paulo; ao Museu de Arte Moderna do Rio de Janeiro; e ao Museu Oscar Niemeyer, em Curitiba (PR). Outros espaços, de acordo com a Vivo, serão incluídos na lista ainda no primeiro semestre deste ano.

O valor do investimento, entretanto, não foi revelado pela Vivo.

Obra de Elian Almeida, intitulada ‘Vitória, Catarina e Josefa (RJ): uma das obras da Enciclopédia Negra (Reprodução de Filipe Berndt/ Divulgação)

E o primeiro desses trabalhos patrocinados pela Vivo começa amanhã (1º), na Pinacoteca de São Paulo. Trata-se da Enciclopédia Negra, exposição que mostra, pela primeira vez, as 103 obras realizadas por 36 artistas contemporâneos, representando personalidades negras que tiveram suas histórias apagadas ou que nunca tinham sido registradas. 

Os trabalhos retratam os biografados em livro homônimo, publicado em março pela Companhia das Letras, de autoria dos pesquisadores Flávio Gomes e Lilia M. Schwarcz e do artista Jaime Lauriano.

Marina Daineze, diretora de Imagem e Comunicação da Vivo, contou que a companhia sempre investiu em artes plásticas, cênicas, cinema e música a fim de democratizar o acesso dos brasileiros à cultura. No entanto, no ano passado – por conta da pandemia –, houve uma mudança, de onde nasceu o Teatro Vivo em Casa e a plataforma @vivo.cultura.

“Como resultado, tivemos amplo envolvimento e aprovação do público. Os 19 espetáculos virtuais do Teatro Vivo em Casa de 2020 foram vistos por mais de 10 mil pessoas, de todas as regiões do país”, disse.

Marina Daineze: inclusão, representatividade e visibilidade (Divulgação)

E, falando no Teatro Vivo em Casa, neste ano, a Vivo confirmou a segunda temporada, em junho, que terá quatro espetáculos, todos interpretados por atrizes e atores negros. Outra segunda temporada estreia no @vivo.cultura. É a série de audiovisuais ‘Nos Caminhos da Arte’, que propõem a reflexão sobre as obras de grandes artistas, nacionais e internacionais.

Já na segunda quinzena de julho, vai ao ar a ‘Vivo na Arte’, parceria entre a empresa e museus por ela patrocinados, que trará conteúdos exclusivos, desenvolvidos com foco no acervo de cada museu. 

Em agosto, estreia a galeria virtual de ‘Novos Talentos Negros nas Artes Plásticas’, que promove a divulgação das obras e o reconhecimento desses artistas, em parceria com o portal Terra e galerias especializadas.

Daineze reforça que o esforço da empresa é para democratizar o acesso às experiências culturais por meio da tecnologia. “Queremos aproximar o público da arte e cultura com iniciativas digitais​ em âmbito nacional e de um modelo híbrido para o teatro, com temporadas com sessões físicas e digitais, e museus”, disse.

“Por meio das nossas iniciativas também contribuímos para a inclusão, representatividade e visibilidade de grupos minoritários e para o desenvolvimento da cadeia cultural através da digitalização”, completou.