O volume de encontros marcados na plataforma de videoconferência Zoom passou de 30 milhões para 300 milhões na pandemia da Covid-19, o maior salto em dez anos de operação do negócio criado por Eric Yuan em San Jose, na Califórnia (EUA), o Vale do Silício, em 2011. Angústias, decisões, redirecionamentos e descobertas foram testemunhadas pelo app, que hoje vai além das videochamadas.
“Evoluímos para uma plataforma de comunicação. Temos chamadas via telefonia, chat embarcado, salas de reunião, além de conectar aplicações do nosso marketplace, hoje com mais de mil soluções”, destaca Alfredo Sestini, head do Zoom no Brasil, que já é considerado o principal mercado da operação na América Latina, ao lado do México.
A marca aportou fisicamente no país com quatro pessoas em julho de 2020, e até o fim deste ano deve somar 25 profissionais trabalhando sob a égide do posicionamento Delivering Happiness. O endereço da sede brasileira ainda está em definição. O investimento no mercado brasileiro começou em 2019, quando a empresa montou um datacenter com soluções localizadas.
No mesmo ano, realizou a abertura de seu capital, arrecadando US$ 356,8 milhões com valor de mercado estimado em US$ 15,9 bilhões. E dando lucro. No trimestre encerrado em 31 de julho, o Zoom obteve receita de US$ 1,02 bilhão, alta de 54% gerada por cerca de 500 mil assinantes espalhados em todo o mundo.
Para fazer frente a rivais como Teams (Microsoft), Webex (Cisco) e Google Meet, o Zoom aposta em inovações equipadas com a segurança da criptografia de ponta a ponta para apoiar o retorno ao trabalho em formato híbrido por meio de experiências mais interativas e imersivas.
Entre as novidades anunciadas no Zoomtopia 2021 Highlights, realizado em setembro, estão tradução e transcrição simultânea, além do novo Quadro Branco, recurso integrado ao Horizons Workrooms do Facebook, que exibirá anotações em um ambiente de realidade virtual.
Otimização do Zoom Chat, compartilhamento de conteúdo e modo de exibição em huddle para canais do chat também estão previstos. Os usuários ainda terão acesso a ferramentas de armazenamento em nuvem, entre outras opções capazes de facilitar a gestão do trabalho remoto e físico.
A meta é diminuir barreiras tendo a videochamada como porta para uma comunicação unificada. “A videochamada é o novo telefone”, define Sestini. O apoio extrapola o mundo corporativo. O Zoom doou 40 mil licenças no ano passado para o Conselho Nacional de Secretarias Municipais de Saúde (Conasems), renovadas por mais um ano, a fim de levar alternativas de atendimento e capacitação ao corpo médico.