Facebook continuará existindo, mas agora será “apenas” mais uma rede social (Reprodução)

A partir de agora, a empresa Facebook se chamará Meta. A notícia foi anunciada por Mark Zuckerberg durante o evento Connect 2021, que aconteceu nesta quinta-feira (28).

Segundo Zuckerberg, o Facebook nasceu em um tempo e lugar específico e, atualmente, não representa tudo que a empresa já desenvolveu e está desenvolvendo. Além de ser a “empresa-mãe” dos aplicativos que já são conhecidos, a Meta também vai focar no metaverso.

“No momento, nossa marca está intimamente ligada a um produto só. Mas, com o tempo, espero que sejamos vistos como uma empresa de metaverso”, afirmou o dono da empresa.

O Facebook continuará existindo, mas agora será “apenas” mais uma rede social dentro do Meta, assim como o Instagram, Whatsapp e Messenger.

O metaverso já estava sendo pauta nas entrevistas de Zuckerberg, e em setembro deste ano, a companhia havia dito que iria aplicar US$ 50 milhões, cerca de R$ 280 milhões em um fundo dedicado exclusivamente ao desenvolvimento desse ambiente digital, além de ter anunciado a contratação de 10 mil profissionais especializados para ajudar no desenvolvimento desse universo.

Zuckerberg apresentou o metaverso da empresa durante o evento (Reprodução)

Segundo o VP de Tecnologia & Produção da R/GA, Edson Sueyoshi, o metaverso é um mundo virtual onde você pode ter suas adaptações, sua identidade e ter relações com produtos, empresas, ambientes, pessoas, entre outras coisas.

Durante o evento Connect 2021, Zuckerberg apresentou o universo digital que está sendo desenvolvido. Nele, será possível participar de eventos, realizar confraternizações, praticar esportes e inclusive ter um pet, tudo em um mundo digital que será acessível em todos os dispositivos.

Para o projeto sair do papel, a — agora — Meta investiu US $ 150 milhões na formação de programadores de realidade virutal e aumentada, que receberão um certificado e serão treinados para criar os ambientes.

Além disso, a empresa também fez um grande investimento na plataforma Horizon, ambiente de imersão de realidade virtual e que pode ser acessado pelo dispositivo Oculos Quest.

É possível ver a apresentação do executivo no Facebook e ler a carta dele sobre os planos para o futuro.

Chance de recomeço

A reformulação da marca corporativa faz com que o Facebook siga os mesmos passos do Google, que mudou o nome de sua empresa comercial para Alphabet em 2015, desmembrando algumas de suas outras operações em empresas separadas sob o guarda-chuva da nova “empresa-mãe”.

Segundo o VP, Executive Strategy Director da R/GA, Giacomo Groff, a mudança veio no timing certo, uma vez que, de acordo com os portais de notícias internacionais, essa reformulação também estaria sendo pensada para separar o trabalho de Zuckerberg dos escândalos recentes envolvendo o Facebook, desde o vazamento de dados até mesmo a última falha global da plataforma, que gerou uma crise de confiança das pessoas com a empresa.

“A gente sempre soube que confiança é primordial no relacionamento de marcas e pessoas. Eu vejo essa reformulação como uma chance de recomeço”, afirmou o VP.