Mobile é um dos focos da rede socialO Facebook está comemorando os números da empresa no Brasil: apesar do país ser a terceira maior operação em número de usuários, o mercado brasileiro é o segundo mais importante em matéria de negócios, somente atrás dos Estados Unidos. São 85 milhões de usuários ativos no país. Desses, 30 milhões acessam a rede social pelo celular todos os dias.

Não à toa, a empresa tem investido em aplicativos móveis que concentram muito tráfego. Recentemente, ela anunciou a aquisição do WhatsApp (leia mais aqui) e também é proprietária do Instagram. “Os aplicativos são o centro da mudança móvel”, diz Renato Santos, gerente de negócios do Facebook Brasil. O executivo participou nesta terça-feira (20) do e-show, evento sobre e-commerce e marketing digital que acontece até esta quarta-feira (21) em São Paulo.

“Por que o Facebook comprou o Instagram e o WhatsApp? Observamos o modo como as pessoas estão consumindo conteúdo no celular. E queremos trazer as marcas para esses ambientes”, afirma. Atualmente, os dois aplicativos não possuem publicidade e há expectativa no mercado sobre como a rede social irá monetizar as duas operações, que custaram, juntas, US$ 20 bilhões.

O mobile ganha ainda mais força quando se pensa na próxima leva de usuários de internet: a rede social projeta que o próximo um bilhão de usuários nunca usará um computador pessoal. “As crianças de hoje talvez nunca venham a usar um desktop porque um dispositivo móvel pode suprir todas as suas necessidades. Por isso o nosso foco em mobile”, explica.

Porém, não é somente a nova geração que deverá preferir um dispositivo móvel a um desktop. Com o projeto Internet.org, que o Facebook lançou em 2013 com o intuito de levar conexão a áreas remotas do mundo todo, pessoas que nunca se conectaram podem engrossar o número de usuários de internet. A iniciativa tem parceria de grandes empresas de telecomunicações, como Ericsson, Opera, Nokia e Samsung. “Na Nigéria, onde há o projeto-piloto, a penetração já é maior, percentualmente, que a existente no Brasil”, afirma Santos. Atualmente, cerca de 50% da população brasileira tem acesso à internet.

O executivo afirma que o projeto deve vir para o Brasil, o que deve impulsionar a cobertura de internet no país. “O Brasil é grande geograficamente e tem muitas áreas remotas. É um local de muitas oportunidades para nós, esse é um projeto que com certeza deve vir para cá”, aponta. “Em matéria de negócio, esse é o segundo maior mercado para nós. O Brasil tem menos usuários ativos no Facebook que os Estados Unidos e a Índia, mas aqui as pessoas se engajam muito mais”, diz.