A ABA realizou entre 19 e 22 de outubro o ABA Mídia 2006, seu principal evento do ano no Royal Palm Plaza de Campinas (SP), que analisou a questão da mídia de forma abrangente e sob o prisma das empresas anunciantes. O Fórum contou com a presença de 200 executivos de empresas anunciantes, agências, veículos e fornecedores. Washington Olivetto, presidente e diretor de criação da W/Brasil e Álvaro Novaes, vp de desenvolvimento da Adag, responderam “12 perguntas sobre mídia que nunca foram respondidas”. Perguntados sobre o por que das agências darem mais atenção à criação do que ao planejamento e à mídia, Washington afirmou que em diversas agências a área não esteve assim tão relegada a segundo plano e sua contribuição foi essencial para muitos dos sucessos do setor, que eram resultado de um trabalho conjunto da mídia e da criação – apesar desta levar a fama. “Hoje, o que vai determinar o sucesso das campanhas é o envolvimento dos caras de comunicação”, como ele. Novaes concordou e foi enfático ao destacar a contribuição da criação no passado e no futuro. Defendeu a evolução dos aspectos de planejamento e da negociação da mídia. Mencionou o modelo brasileiro, único no mundo, e assegurou que no cenário do futuro, “naturalmente planejamento e mídia têm que ser alçados ao mesmo patamar da criação”. Sobre o perfil do profissional de mídia ideal, Washington disse: “Quem atua com propaganda tem que consumir comunicação de um modo geral. Parece óbvio, mas não é o que acontece, até com meios básicos, como a própria TV. Falta aos mídias um pouco da intuição que rege o trabalho do criativo”. Já Novaes afirmou: “O mídia deve ser um gerente de negócios, com foco na capacidade de negociação, mas sem deixar em segundo plano o planejamento – o que talvez demande dois “especialistas” diferentes”. Ambos fizeram a defesa enfática do planejamento de comunicação como essencial para o processo de criação da mensagem (criação) e do meio (mídia). Feita por um profissional mais generalista do que especialista nessa tarefa. Washington lembrou que a “comunicação por conteúdo” sempre foi feita, apesar de nem sempre usar esse nome, e que vai ser cada dia mais importante. Novas concordou inteiramente.
O evento também contou com palestras como a de Fabio Gandour, gerente de novas tecnologias da IBM Brasil, que falou sobre tecnologia; Ricardo Noblat, titular do Blog do Noblat, que falou sobre novos e velhos blogueiros; Carlos Haag, jornalista e crítuco de artes e Rafael Sampaio, vp executivo da ABA, falou sobre a quebra da lógica do processo de comunicação. Na palestra “Quem deve ter poder para definir a verba de mídia?”, Horácio Del Nero Rocha, vice-presidente da Gomes da Costa e da ABA, Fabio Cornibert, diretor administrativo e financeiro da Johnson & Johnson e presidente do Comitê de Gestão Financeira de Marketing da ABA, debateram sobre o processo de decisão das verbas de mídias, incluindo métricas, etapas de aprovação e responsabilidades. Também ocorreu o Painel de Debates sobre o modelo brasileiro de propaganda, com líderes de anunciantes, agências e veículos. A proposição básica dos pontos de debate será apresentada pela ABA e previamente analisada com os painelistas:
– João Ciaco, vice-presidente da ABA, diretor de publicidade e marketing de relacionamento da Fiat e presidente do Comitê de Branding da ABA.
– João Carlos Saad, presidente da ABRA e do Grupo de Comunicação Bandeirantes.
– Ângelo Franzão, vp de mídia da MCcann e presidente do Grupo de Mídia.
– Geraldo Alonso, diretor da ABAP e seu representante nos conselhos do Conar e do Cenp.
– Deborah Wright, vice-presidente comercial e de marketing da Editora Abril.
– Cícero José de Azevedo Netto, diretor de relações com agências da Rede Globo.
– Ricardo Alves Bastos, presidente da ABA e diretor de assuntos legais e corporativos / América Latina da Johnson & Johnson (moderador).
O ABA Mídia contou com o patrocínio da Editora Abril, ESPN, Clear Channel, Google e Rede Globo. Patrocinio institucional da Ambev, Banco do Brasil, Basf, Colgate, Correios, Fiat, Johnson & Johnson, Nestlé, Petrobras, Procter & Gamble, Unilever e Volkswagen.
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