Com o intuito de acabar com as concorrências especulativas, dirigentes de agências, em conjunto com a Abap (Associação Brasileira de Agências de Publicidade, propuseram durante as reuniões do 7º Ebap (Encontro Brasileiro das Agências de Publicidade), a criação de regras para as concorrências privadas. A ideia é que as concorrências sejam cadastradas pela Abap. Objetivo é tornar as concorrências mais transparentes para todas as partes envolvidas, reduzir o número de concorrências e também criar uma remuneração para as agências.

“Concorrências especulativas com 10 ou mais agências prejudicam a valorização da marca e a rentabilidade das agências. Na maior parte das vezes, o cliente coloca a conta em concorrência e a agência que detém a conta nem é  avisada”, falou  Alexandre Gama, presidente da Neogama/BBH.

O problema foi levantado várias vezes nas discussões do Ebap. Dalton Pastore, da Abap, afirmou que as concorrências especulativas criam um círculo vicioso e que a intenção da criação  de regras é proteger não somente as agências, mas também anunciantes e fornecedores.

“Minha sugestão é que exista um limite de número de agências. Hoje é tão fácil e barato de fazer concorrências que na maior parte das vezes as empresas não se dão ao trabalho de definir o foco da agência que está procurando para atender sua conta. Quando são divulgadas as agênfcias que participam, não conseguimos encontrar nenhum denominador comum. Não dá para saber qual o perfil de agência que o cliente procura, se é com foco em planejamento, criação, por exemplo”, comentou Fábio Fernandes, presidente da F/Nazca.

por Kelly Dores

Leia também:

7º Ebap tem início com auditório lotado
Abap e Fenapro assinam declaração conjunta
Valor das marcas é apontado como o principal desejo dos clientes
Processo de gestão deve ganhar olhares mais aprofundados
Casa Civil não faz restrição à PL de publicidade