Principal indicador da fusão das operações da W/ com a McCann Erickson, a saída do vice-presidente de criação Alexandre Okada na última sexta-feira (23) colocou ponto final na gestão de um ano do publicitário que já teve passagens pela Leo Burnett de Portugal e América Latina, por exemplo. Okada está em Buenos Aires participando do júri do Fiap 2010 (Festival Iberoamericano de Publicidade), sua última missão oficial como integrante do time de profissionais da McCann. “Gostaria apenas de poder te fazer um breve balanço da minha gestão. Eu tinha um grande envolvimento com o trabalho e com os principais clientes e juntos pudemos realizar coisas importantes”, diz Okada que fez um resumo por e-mail da sua atuação para Mastercard. Tim e General Motors. Leia abaixo:
Mastercard – “A nova campanha cujo o primeiro filme, “Figurinhas”, com Pelé, e toda a parte impressa está se tornando referência para toda a região e inaugurando uma nova fase no Priceless. E antes disso, o filme “Urso/Sogrão” foi considerado em pesquisas como um dos de melhores resultados na história da Mastercard. Também temos várias peças da nova campanha já aprovadas ou em produção”.
GM – “Foram inúmeros trabalhos. Entre os mais importantes os novos filmes de Classic “Noiva” e “Vestibular”, que estão no ar; o lançamento do Agile e nosso papel no delicado momento do Chapter 11 da General Motors nos Estados Unidos. Temos também um grande filme institucional em fase final de produção”.
Tim – Avançamos muito em termos de relacionamento com o cliente e confiança mútua. A prova disso é que hoje a grande maioria dos trabalhos estão sendo feitos pela Mccann. Isso também ajudou muito na concorrência de Intelig (em que derrotamos a Neogama e a W/). Aqui os destaque seriam o filme “Padrastro”, todo o formato de varejo com destaque para a campanha de fim de ano dos balões iluminados e os novos filmes que estão prestes a entrar no ar, incluindo um de Copa do Mundo com o Blueman Group. Vale destacar que a nova campanha de Intelig também já está em produção com a O2″.
“Com todos os outros clientes, também estamos muito bem. Temos trabalhos sendo desenvolvidos para Cadbury, Nestlé, L’Oreal, Mobil, Coca-Cola, Sprite e todos os nosso “pequenos” clientes que sempre receberam grande atenção (Bimbo, Exército da Salvação, United Way, Care, Fundação Dorina Nowill, Esso, etc). Esse bom momento com a casa arrumada nos ajudou a conquistar novas contas. Como o Fernando Mazzarolo disse para a imprensa, há seis anos que a Mccann não conquistava novas contas. E em um ano e dois meses conquistamos Chicco, Leroy Merlin (digital), Grupo Conti (Contini, Cervejas Conti e Samba), Intelig e uma parte de BR Malls (ainda não divulgado). Tudo isso num ano super difícil para uma multinacional como a Mccann, que vinha em queda por quatro anos seguidos e foi profundamente afetada por perdas de contas internacionais, cortes e principalmente pela perda de Santander (que eu já havia sido informado que iria sair no momento que eu entrei, uma vez que houve um litígio entre o nosso presidente regional e uma diretora do banco). Tivemos seguidos cortes de pessoal mas felizmente consegui montar uma equipe jovem, altamente qualificada e motivada. A prova disso é que o Tales Bahu que eu trouxe para a Mccann vai exercer a função de diretor de criação na “nova” Mccann (função que ele já vinha exercendo, já que era meu braço direito)”.
“Compreendo perfeitamente a dinâmica do mercado e dessa posição de vp. Mas também sei que é um mercado gerido muito por imagem, por pessoas com boas conexões e muita capacidade de autopromoção. Sei também que o mercado tem memória curta. Assim, gostaria aqui apenas de registrar meu trabalho nesta passagem pela Mccann. Uma agência que apesar das dificuldades, sempre torcerei a favor e guardarei as boas lembranças. Deixei lá uma equipe por quem eu tenho um enorme carinho, muitos amigos e poucos arrependimentos. Não sei se estas informações interessam num momento tão “Galático” para a Mccann. Mas acho saudável para o nosso mercado que cada profissional seja reconhecido por aquilo que cultivou. Erros e acertos”.
