Antonio Fadiga, CEO da Artplan São Paulo e Rio de Janeiro: novas startups a caminho (Divulgação)

Antonio Fadiga está à frente da Artplan em São Paulo e no Rio de Janeiro há dois anos. Além de manejar transformações intrínsecas à indústria da comunicação, teve que enfrentar as incertezas provocadas pela Covid-19. “Ainda não superamos o impacto. 2021 não vai recuperar o cenário de 2019”, antecipa Fadiga, que já conduzia a operação em São Paulo e, em 2019, assumiu também o escritório carioca.

Mas a confiança das marcas empurrou o negócio. “O mercado vem reaquecendo. Com o avanço da vacinação, podemos ver indícios de um retorno ao consumo e retomada de eventos presenciais”, complementa. Agilidade é o diferencial destacado por Fadiga.

De encontros on-line diários entre os sócios vieram orientações decisivas para o avanço da operação. “Foi a chave para lançarmos cinco startups durante a pandemia, fruto de spin-offs da própria Artplan”, exemplifica. O executivo garante que novas startups estão a caminho. “Existe muita dor de marketing não atendida e é nesse filão que fazemos nossas apostas”, avisa. A gestão integrada dos escritórios de São Paulo e Rio de Janeiro ajuda nessa missão.

“Passamos a atuar por squads multidisciplinares que geraram maior senioridade e profundidade no entendimento do negócio dos clientes”, conta Fadiga, que testemunha a expansão do mercado de propaganda carioca. “A evolução é visível. O estado do Rio é o segundo mercado do país e um celeiro de talentos”, defende.

De acordo com Fadiga, a explosão da nova economia ampliou ainda mais a potência do Rio de Janeiro por meio das constantes inovações que impactam a vida das pessoas. Entre os clientes da agência por lá, estão L´Oréal (Niely e Garnier), Localiza, Oi Fibra, Paramount Pictures, Rock in Rio, Sorvetes, Nestlé, Furnas e Estácio.

Um dos trabalhos realizados a partir das lições deixadas pelo surto do coronavírus foi o Resolve Sim. Criado para a empresa de educação Estácio, do grupo Yduqs, o projeto lançou um curso gratuito especialmente montado para alunos da rede pública de educação, que teriam dificuldade de competir no Exame Nacional do Ensino Médio (Enem).

A Estácio não era cliente da Artplan à época, mas aprovou a iniciativa. “Ficamos muito orgulhosos dessa iniciativa proativa. Hoje, temos a honra de voltar a ter a Estácio como cliente”, comemora Fadiga.

A Artplan também assina a campanha Oi Fibra muda tudo, criada para a Oi Fibra. Com a participação do humorista Rafael Portugal e o apresentador Marcos Mion, a estratégia mostra a quebra de barreiras no momento em que todos precisavam estar em casa, e conectados.

Já em Juntas, valemos muito mais, a agência mobilizou uma rede de guardiãs do autocuidado para ajudar as mulheres a manterem a autoestima mesmo diante da sobrecarga de tarefas da quarentena. O trabalho, feito para a L’Oréal Paris, foi produzido por uma equipe feminina e contou com o endosso de Taís Araújo, Agatha Moreira, Thelma Assis, Flavia Pavanelli, Jade Seba, Luiza Possi e Giulia Be.

Criatividade e ousadia abriram novos caminhos, “mas a falta de contato humano tem sido desafiadora”, admite o CEO da Artplan. Parte da construção de confiança, o “olho no olho” é hoje tão vital quanto a necessidade de adaptação. “Vamos aprender ainda mais, pois esta retomada à vida ao vivo nos trará novos e tantos desafios que nem imaginamos ainda”, reflete.

Trabalho remoto, mudança de comportamento, proximidade, digitalização e tecnologia. Novas realidades afloraram, outras foram reafirmadas. “Já vínhamos observando que as pessoas estavam cada vez mais exigentes com o tom de voz da marca e seu papel junto à sociedade”, observa Fadiga.

Foi necessário buscar conexões reais para fidelizar o consumidor. Além do diálogo e posicionamento das marcas, a tecnologia e a publicidade caminharão cada vez mais entrelaçadas daqui para frente.