O Banco de Eventos, carro-chefe da Holding Clube – grupo de comunicação chefiado por Victor Oliva –, anuncia esta semana sua nova diretora de negócios. Apesar de parecer uma corriqueira troca de cadeiras, a mudança tem como objetivo a concretização de um projeto maior, a ser comandado por Joyce Ruiz, que ocupou o cargo nos últimos cinco anos.

“Decidimos fazer essa troca em setembro do ano passado, discutindo os caminhos da holding e do Banco de Evento entre os sócios e diretores”, explicou Andréa Galasso, diretora geral da empresa. A ideia inicial, ainda embrionária, é deixar Joyce livre para se dedicar ao planejamento, elaboração e concepção de projetos que visam maior longevidade, além de prospectar novos negócios. “Ainda temos uma visão macro do projeto. Precisamos, de alguma forma, pensar em oportunidades a médio e longo prazo, além de atuar de forma mais pró-ativa”, complementou.

Por estar em pleno processo de concepção, nem a executiva pode ainda precisar como e a partir de quando funcionará oficialmente a operação, se fará parte do Banco de Eventos ou se tornará a oitava empresa da Holding Clube – integrada hoje, além do BE, por Samba.Pro, Rio360, Disturb, Cross Networking, Fanclub e Lynx: “Tudo ainda será tangibilizado. O que temos é um compromisso de apresentar ao Victor Oliva, em dois meses, as possibilidades e caminhos que devemos seguir”.

Para que a iniciativa ganhasse forma e força o quanto antes, os envolvidos no processo preferiram dar maior liberdade para Joyce se dedicar exclusivamente à sua estruturação. “Enxergamos o talento dela em relacionamento com os clientes como substancial, mas a demanda gigantesca de trabalhos que temos no dia-a-dia a impossibilitaria de se dedicar às duas coisas”, destacou Andréa. A saída foi se lançar ao mercado em busca de uma substituta.

“Já em setembro procuramos uma agência de placement. Iniciamos uma série de entrevistas com todo tipo de profissional: das mais distintas agências, de veículos e até do marketing de clientes. O que procurávamos, especialmente, era o mínimo de vocabulário em comunicação, expertise em negócios, liderança e um bom relacionamento com o mercado”, elencou a diretora geral.

Mas a experiência no mercado de promoção e eventos falou mais alto, atraindo, nesse processo seletivo, a atenção de Lissandra Duarte, que nos últimos dez anos atuou como vice-presidente de negócios da The Marketing Store, além de ter passado por Ponto Brand e Mark Up. “Acho que conseguir trazer a Lissandra atendeu as expectativas. Além de ser altamente capacitada e conhecedora de nossa atuação, está se integrando muito bem com poucos dias de contato com a equipe”, ardumentou.

A nova diretora de negócios do Banco de Eventos assumiu o posto na última quinta-feira (22) e terá, durante as próximas semanas, o apoio da executiva que o ocupava desde 2005. “O principal objetivo é fazer uma transição organizada e estruturada, sem que os clientes sintam grande interferência”, declarou Lissandra. A profissional aproveitará seu temporário desconhecimento da cultura interna para analisar, sem vícios, os métodos de trabalho e as diferentes capacidades de sua equipe. “Quero olhar a dança de fora para fazer um diagnóstico, perceber onde poderemos agregar valor e se adequar ao mercado”, pontuou a nova diretora de negócios. “Ela terá total liberdade na busca de processos melhores, adequação de pessoal e formas de relacionamento com o cliente”, garantiu Andréa.

Esse foi, aliás, um dos dois principais pontos que convenceram Lissandra a trocar a vice-presidência de uma multinacional pela nova empreitada. O outro, segundo a executiva, é a efetividade no trabalho de sua nova casa. “A autonomia de decisão foi, com certeza, algo crucial para que aceitasse o desafio. Mas também me conquistou a velocidade no processo de criação, desenvolvimento e entrega, agilidade compatível com o que o mercado procura, afirma.

Embasada nos resultados de 2009 e nas perspectivas positivas do Brasil como um todo, Andréa prevê, para este ano, um crescimento de 5% a 7% para o Banco de Eventos, o que considera “modesto”. Reforçando a preocupação do grupo com o médio e longo prazo, a executiva também divulga a meta da Holding Clube até o final de 2015: 30% de crescimento.

por Karan Novas