Os sócios Celso Forster, Filipe Callil, Cauê Castellani, Felipe Imperio e Diego Yamaguti

 

Marcas interessadas em patrocinar ou anunciar em shows e apresentações artísticas transmitidas pelo ClapMe já podem procurar a plataforma. O site, que se baseia no conceito de “palco virtual”, começou a abrir espaço para a exposição de empresas e marcas em seus produtos, que envolvem tanto artistas consagrados quanto aqueles que ainda estão no início da carreira.

A ideia do ClapMe – fundado pelos sócios Celso Forster, Cauê Castellani, Filipe Callil, Diego Yamaguti e Felipe Imperio – é que os anunciantes se associem a artistas que dialoguem com seu target. “Exercemos uma curadoria e temos artistas que podem se encaixar no cluster da marca, seja ele qual for. Com esse rol de artistas e os targets da marca, podemos fechar projetos, que podem ser shows, festivais, turnês, o patrocínio de uma programação periódica ou até eventos com o artista”, afirma Castellani.

Atualmente, a plataforma conta com 500 artistas cadastrados e realiza quatro transmissões por semana. Quem escolhe o horário da apresentação, porém, é o próprio artista – ele escolhe uma data e um horário e pode fazê-lo com equipamento próprio ou com o auxílio técnico da equipe do ClapMe. A partir daí, o crescimento é orgânico, pois usuários que assistiram a apresentações semelhantes são avisados sobre as transmissões, que ganham mais público progressivamente.

São três modalidades de transmissão. Na Open, o artista faz um show ao vivo e aberto a todos os usuários. Já a Session prevê algo mais intimista, no qual a apresentação é fechada e necessita de ingresso, que pode ser um valor em dinheiro ou até mesmo algo simbólico, como o compartilhamento de uma página no Facebook. Há também a Event, em que o artista realiza seu show independentemente do ClapMe, que fica responsável pela transmissão.

Com esses produtos, o ClapMe quer atrair não apenas artistas independentes, mas também nomes consolidados, como Vivendo do Ócio, Strike e Projota, principalmente com a proposta de aproximá-los dos fãs. “Pensamos que os artistas conhecidos, hoje em dia, têm extrema necessidade de cada vez mais fidelizar o seu público. O que faz o artista se aproximar dos fãs é justamente a forma como essa relação é construída. A gente entende que hoje o fã não quer ser visto como admirador e sim como um amigo”, argumenta Callil.

O ClapMe, continua ele, é uma plataforma que dá a oportunidade das marcas usarem esses artistas como ponte para chegar ao seu público. “Tendo um artista para falar com o público-alvo, a marca ganha legitimidade. Os fãs de um determinado artista absorvem o que ele faz. Já há muitas marcas investindo nessa área e há outros players no mercado que fazem transmissões ao vivo especialmente para marcas. Elas entenderam que para falar com quem precisa, é mais fácil se associar a um artista que traduza a essência do que ela faz. Acreditamos que as marcas entenderam que precisam começar a oferecer coisas novas e que não estarão de olho somente nos grandes artistas”, conclui.

Os sócios consideram que mantêm um serviço freemium, no qual ninguém paga para ter acesso. Com a entrada das marcas, será natural o deslocamento para o modelo premium, conforme explica Forster. “Não há qualquer barreira para a entrada de pessoas. Tanto quem se apresenta quanto quem assiste pode participar gratuitamente. A partir do momento em que houver um volume maior de conteúdo, audiência e marca, dá para produzir conteúdo premium, em que é privilegiado aquele que tem assinatura, o que nos leva de volta à questão da fidelização entre fã e artista. O artista nada mais é do que uma marca para ser consumida também”, finaliza.

Atualmente, a plataforma tem parcerias com sites como  Catraca Livre e o canal Ao Vivo do Google+. Os sócios, porém, buscam agora portais, além de outros provedores de conteúdos artísticos e musicais, para ampliar a produção de conteúdo dentro do site.