Se você escolhe a mídia errada, mata a ideia. Um clique equivocado acaba com a verba do cliente em apenas um dia
A multinacional japonesa Dentsu inaugurou escritório no 11° andar do edifício Faria Lima Plaza, em São Paulo (SP), em agosto. Idealizado para acomodar o trabalho híbrido, os novos espaços colaborativos acolhem os talentos que se deslocam para o endereço nos dias presenciais, com o intuito de reforçar o trabalho em equipe, estreitar relações humanas, equilibrar a rotina e integrar disciplinas, clientes e parceiros.
“Esse novo escritório é pensado para o formato híbrido. Temos cerca de 450 pessoas e o escritório tem 50 posições, mas comporta até 150 profissionais em atividade”, explica Tiago Vargas, managing director da Dentsu.
O espaço foi estruturado para incentivar a interação, promover a cultura da agência e manter talentos engajados, motivados e trabalhando em sintonia para entregar os resultados esperados. “É uma readaptação. O trabalho híbrido é mais desafiador porque há pessoas trabalhando de qualquer lugar”, atesta Denis Massani, diretor de recursos humanos da Dentsu.
Mas a transparência é fundamental para que as lideranças entendam as necessidades específicas de cada perfil de equipe e cliente, sempre tentando conciliar a vida profissional e o bem-estar pessoal dos colaboradores. “Acreditamos que este é o melhor modelo para o momento no Brasil, adotado também em mercados internacionais”, sublinha Massani.
Há também a atuação por atividade. O profissional planeja o seu dia, conforme as tarefas necessárias, sem a obrigação do trabalho presencial. “Pode-se trabalhar em vários lugares diferentes. Queremos ter os profissionais aqui, mas de forma produtiva. O nosso modelo é baseado na confiança”, ressalta Massani.
A estrutura deixa as lideranças sempre por perto. “Essa proximidade é fundamental no contexto em que vivemos, pois a troca diária ganha importância nos níveis mais elevados das organizações”, situa Vargas. Diversidade e inclusão ganham os olhares de um comitê interno, com participação do RH e lideranças.
“Aqui, temos muita voz. Não preciso justificar, faço o que acredito, que a área acredita, porque a decisão está sempre alinhada às lideranças”, conta Massani. A política de contratações e promoções prioriza a capacitação e a valorização de talentos internos antes da busca no mercado. “Acreditamos no processo interno para preparar as pessoas para as posições existentes”, confirma Massani.
Unificação
Base da cultura da Dentsu, o ambiente flexível e unificado começou a se fortalecer há cerca de um ano, quando foi criada a Dentsu Creative, que uniu as agências criativas do grupo globalmente. No Brasil, Isobar, dentsumcgarrybowen e NBS foram agrupadas sob o conceito “One Dentsu”, acelerando soluções criativas baseadas em dados, tecnologia e estratégias de mídia capazes de acompanhar os desafios da indústria da comunicação.
Hoje, a Dentsu Brasil é composta pela Dentsu Creative, que ocupa a 25ª posição no ranking das agências; iProspect, voltada para mídia de performance; e Navegg, plataforma de gestão de dados. “Várias operações foram incorporadas, cada uma com a sua cultura, e, com a pandemia da Covid-19, começamos um processo de simplificação”, lembra Vargas.
Ao incorporar a Dentsu World Services (DWS), a Dentsu Brasil ainda recebeu cerca de 80 colaboradores especializados na elaboração de alternativas alicerçadas em tecnologia e dados, incluindo aplicativos, softwares, experiência do consumidor e usabilidade. Esse hub abastece todos os escritórios da Dentsu no mundo, ao lado de operação na Índia.
O trabalho ajudou a implementar a campanha “Scrolling therapy”, para a Eurofarma, que ganhou Grand Prix de Pharma e Prata em Social & Influencer no Cannes Lions 2023, prêmios creditados à Dentsu Creative Chicago e Nova York (EUA), e Buenos Aires (Argentina), com produção e pós-produção das paranaenses The Youth, Canja Audio Culture e Colossal.
Leia a íntegra da matéria na edição impressa de 25 de setembro
