O PROPMARK foi provavelmente o jornal especializado da área que mais se bateu contra o fechamento das agências e de outras empresas que operam em comunicação e decretaram para as suas equipes de trabalho o home office.

Ainda não se sabe o prejuízo que a decisão causou a todo o mercado, sob o pretexto da defesa da saúde dos seus funcionários e até mesmo dos familiares destes, pois o coronavírus tem um inacreditável poder de transmissão.

Felizmente, agora, essas empresas começam a abrir as portas, com as suas equipes voltando aos postos de trabalho, facilitando assim o desenvolvimento da produção de um invejável ofício, que em muito colaborou e prossegue colaborando para que o Brasil se torne cada vez mais conhecido no exterior.

Queremos deixar claro que o PROPMARK não venceu nenhuma batalha. Apenas lutou contra algo que lhe parecia incorreto, obtendo o apoio até mesmo de muitos trabalhadores do setor, que naturalmente preferiram solicitar-nos a omissão dos seus nomes.

Com a chegada de novembro, espera-se que o nosso setor publicitário, considerado um dos mais criativos do planeta, volte a funcionar a todo o vapor, até mesmo porque estamos nos aproximando do fim do ano, um período dos mais importantes para as vendas, estimuladas pelos resultados do trabalho publicitário que sempre colabora com o movimento financeiro dos negócios.


Surpreendeu o mercado a fusão de duas importantes agências, Y&R e VML, a primeira com grande tradição na história recente da atividade publicitária brasileira e a segunda com crescimento acelerado nos últimos tempos.

A fusão redunda em uma agência ainda mais forte que a soma das suas duas predecessoras, principalmente a partir de o seu comando ser entregue ao competente Fernando Taralli, com a vantagem para si de ocorrer em um momento em que o mercado promete reagir a tanto tempo de semiparalisação, em virtude da pandemia que muito estrago causou (e ainda vem causando) ao planeta.

Não se surpreendam nossos leitores se tivermos do resultado dessa fusão, em pouco tempo, uma das mais criativas e operosas agências de publicidade do mercado brasileiro, em um momento novo que agora deve começar para valer.


Ainda sobre a retomada, importante o registro provocado pela Bullet ao voltar para a sua sede no bairro do Brooklin, em São Paulo. O CEO Fernando Figueiredo, em depoimento aos editores Paulo Macedo e Jéssica Oliveira sobre o retorno, explicou que a adesão dos funcionários é voluntária.

Já Luiz Fernando Musa, CEO do Grupo Ogilvy no Brasil e fundador e chairman da David, afirma na mesma reportagem que a volta começa na realidade em novembro, mais próximo do que se imagina, ainda que de forma parcial.

A WMcCann também volta aos seus escritórios em novembro, com a adesão voluntária dos seus colaboradores. Erh Ray, CEO da BETC Havas, fala que tem saudade do escritório. Outras agências estão analisando uma volta cumprindo os protocolos necessários. Outras do trade estão fazendo o mesmo.


De volta à vida, a propaganda retoma as suas iniciativas de mostrar a diferença que a separa de muitas profissões voltadas simples e unicamente para o seu produto final.

Assim é que nesta edição do PROPMARK falamos do Lions Live 2, que será realizado nesta semana, de 19 a 23 deste outubro, trazendo palestras de nomes como o de Marcello Serpa, afastado da propaganda, mas a ela preso por suas entranhas. Quem assistir ao Lions Live 2 constatará facilmente essa verdade.


Apesar da pandemia, que impediu muitas premiações de serem lançadas este ano, teremos pelo menos uma delas – de grande tradição no mercado –, já em trabalhos de recolhimento de inscrições de peças e campanhas pelo mercado brasileiro, através das suas diversas regionais.

O Prêmio Colunistas, sem dúvida hoje o mais antigo e tradicional do país, mantendo uma força de representatividade inigualável para
o seu gênero de premiação, está recolhendo inscrições e algumas das suas regionais até mesmo já se encontram em fase de fechamento das mesmas, superando com isso o atraso causado pela pandemia.

Não duvide o leitor se algumas regionais tiverem suas festas de entrega dos prêmios aos vencedores antes de 13 de dezembro. São Paulo e Brasília, por exemplo, prometem esforços nesse sentido.


Um elogio sempre é bom para qualquer jornalista, principalmente quando se refere a um editorial por ele escrito que causou, pelas palavras que seguem, a certeza de que estávamos como nunca na linha certa do raciocínio.

O elogio em pauta vem do nosso tradicional leitor Raul Nogueira Filho, cumprimentando-nos em e-mail de 16/10, como segue:

“Eu não poderia deixar de cumprimentá-lo por teu Editorial de 12/10 último, em que o destaque Recuo merece menção especial por tuas observações. Precisamos disto, otimismo, textos que nos levem a pensar e agir por um Brasil melhor, maior, mais dinâmico e recuperado. Parabéns e muito grato. Abraços, Raul Nogueira Filho”.