Patrocinadores da seleção: diversidade no apoioA derrota por 7 a 1 sofrida pela seleção brasileira para a Alemanha na última terça-feira (8), na semifinal da Copa do Mundo 2014, parece ter inibidos os anunciantes e patrocinadores de veicularem peças vinculadas ao futebol na mídia impressa. Poucas marcas declararam apoio ao time brasileiro na quarta (9) e na quinta (10) e houve patrocinadores da seleção que deixaram a equipe de fora de seus anúncios. Mesmo aqueles que integram o time de parceiros da Fifa evitaram a veiculação de anúncios destacando o mundial.

Na quarta, apenas duas marcas apareceram apoiando a seleção. A Sadia, patrocinadora oficial do time, veiculou um anúncio de página inteira dando continuidade à campanha “Joga pra mim”, com imagem de crianças e a mensagem “#tamojuntinho”, dizendo que as novas gerações gostaram de torcer pelo Brasil e que permanecerão apoiando a equipe nacional nos próximos mundiais. O anúncio foi veiculado na Folha de S.Paulo e no Estado de S.Paulo.

A C&A, que não patrocina o mundial nem a seleção, teve um anúncio de página inteira afirmando que os celulares vão mudar até 2018, mas que o apoio ao país permanecerá o mesmo. “Valeu, Brasil!”, encerra a peça, que também saiu em ambos os jornais. O Itaú, um dos mais significativos patrocinadores da seleção – e apoiador nacional da Copa -, veiculou anúncios na Folha e no Estadão na quarta e na quinta sem qualquer menção ao futebol. As peças destacam apenas os serviços de câmbio, atendimento e internet oferecidos pelo banco.

A Hyundai, que é patrocinadora em nível global da Copa do Mundo, veiculou anúncio de capa na Folha desta quinta, além de anúncio de página inteira no primeiro caderno do mesmo dia. A única menção feita ao mundial referia-se à campanha da Hexagarantia, que aumenta em um ano a garantia dos automóveis da marca em referência ao possível sexto título mundial do Brasil. A Kia, do mesmo grupo, saiu com anúncios que apenas continham o logo da Copa, focando-se nos atributos de um de seus veículos e sem ligação com o torneio.

Também na quarta e na quinta, a fabricante de relógios Hublot veiculou em ambos os jornais anúncios com Pelé e o técnico da seleção, Luís Felipe Scolari. Os anúncios com o antigo camisa 10 ocupavam o centro da página, mas os de Felipão, apontado como o principal responsável pelo vexame do Brasil na terça, eram menores, em rodapé de página. O Extra também apareceu em pé de página na quinta, mas com um anúncio que trazia somente o logo do hipermercado e a frase: “Patrocinadora oficial da seleção brasileira”.