Para este Especial CMO powered by Makers & PROPMARK, foram escolhidos dez profissionais de marketing de grandes marcas que se destacaram no mercado, em um período de grandes desafios e transformações.
Se em 2020 a Covid-19 virou o mundo de cabeça pra baixo, 2021 foi marcado pela consolidação das muitas mudanças que a pandemia provocou nos negócios, como a acelerada digitalização das empresas e a explosão do e-commerce, exigindo dos CMOs (chief marketing officer) um passo à frente para entender a nova jornada de consumo das pessoas, cada vez mais híbrida e complexa.
Com isso, as estratégias se voltaram para os canais digitais e aceleraram discussões sobre movimentos de DTC (Direct To Consumer) na indústria de FMCG (Fast Moving Consumer Foods), por exemplo, bem como a importância de dados e insights nos negócios. “Hoje é impensável imaginar ser CMO de uma grande marca e não ter total conhecimento de onde está a atenção do seu consumidor, quais são seus motivadores de compra e como ele se comporta em uma jornada de consumo cada vez mais híbrida em multiplataformas”, destaca Thiego Goularte, founder da Makers, plataforma que conecta líderes de marketing.
A transformação digital também vem imprimindo nas grandes marcas novos conceitos de como lançar produtos. São movimentos como as DNVB’s (Digitally Native Vertical Brand), marcas que nasceram no meio digital e se relacionam diretamente com seus consumidores, utilizando tecnologia e dados para ter total controle do processo de produção.
“A Liv Up é um grande case brasileiro – é uma foodtech nativa digital, que desenha seus produtos com base em inteligência de dados e mantém este processo com uma comunicação horizontal. Outro exemplo é a NotCo, que está revolucionando a indústria de bens de consumo utilizando tecnologia”.
Em um cenário volátil diante do que foi vivido nos últimos dois anos, existe uma necessidade real de as marcas incorporarem mudanças no meio do percurso, o que exige velocidade na correção da rota em meio a mudanças contínuas. Mesmo assim, os executivos falaram sobre planos e expectativas para 2022, além de relatarem estratégias de suas marcas neste ano. Uma das necessidades dos profissionais foi se reinventar.
Goularte ressalta que nos encontros promovidos pela Makers um tema recorrente é o que vem com o fim dos cookies. “Olhamos apenas pela ótica do anunciante que terá de se adaptar, no entanto, empresas que trabalham com a comercialização de audiências terão muitas dificuldades em conseguir vendê-las dentro de plataformas de mídia, uma vez que seu modelo de negócio é baseado na coleta de dados dentro dos sites parceiros através dos cookies”, diz.
Apesar do impacto para o mercado, ele vê novas possibilidades. “Nasce uma oportunidade para players como Google, Facebook e Amazon, que já possuem uma grande concentração de dados nativos em suas plataformas, bem como para players como o Rappi, que tem uma quantidade enorme de dados transacionais e comportamentais. Está nascendo aqui uma nova relação entre anunciantes e os gigantes de tecnologia”, avalia ele.
Vale lembrar o aumento do investimento em digital, uma tendência que deve se manter. Dados do Cenp-Meios mostram que a internet recebeu R$ 2 bilhões das verbas de mídia no primeiro semestre deste ano, um aumento de 62% na comparação com o mesmo período de 2020.
Acompanhe as conquistas e os pensamentos de profissionais como Ana Paula Ribeiro (Magalu); Beatriz Bottesi (Facebook); Denise Door (Amaro); Kim Farrell (TikTok); Mariana Rhormens (Havaianas); Sandra Montes (Rappi Brasil); Simone Murata (NotCo); Stella Brant (Liv Up); Thaís Azevedo (Zé Delivery/Ambev) e Tiago Lessa (Globoplay). Como destacou a campanha para este especial, criada pela F&Q, “Eles encararam um ano que não estava no briefing”. As mulheres, vale observar, dominam a lista. Um viva para elas!