A posse do novo presidente do Brasil, Jair Bolsonaro, em 1º de janeiro, abriu oficialmente um momento de expectativas e certo otimismo no país. E com o mercado de propaganda, o sentimento não foi diferente. Logo na primeira edição do ano, o PROPMARK ouviu executivos e lideranças das principais agências e anunciantes sobre as perspectivas do ano e do novo governo.

O Presidente da República, Jair Bolsonaro, com a nova marca do governo federal ao fundo

Com um ambiente político e econômico mais estáveis, as projeções apontavam cenário mais propício para a geração de negócios e investimentos. Ao mesmo tempo, as notícias sobre o reposicionamento da marca do governo federal, bem como a escolha de seu lançamento apenas em ambiente digital como forma de economizar verba, evidenciavam uma nova relação da Presidência com o mercado de mídia e publicidade. O orçamento previsto para comunicação foi de R$ 150 milhões, quase 50% menor do que no ano anterior. À época, Bolsonaro deixou claro seu compromisso de manter o valor ou até mesmo reduzir o número a partir da possível revisão de contratos com agências.

No ecossistema de mídia, o tradicional Big Brother Brasil, da TV Globo, anunciou marcas estreantes. Burger King, Sun- down e Anhanguera patrocinaram pela primeira vez o reality, que teve início em 15 de janeiro, ao lado de Itaipava, marca veterana na atração. No SBT, o período também foi marcado por novidades. O Programa da Maisa, novo talk show da emissora de Silvio Santos, teve estreia em 16 de março, com proposta de misturar a irreverência do humorista Oscar Filho com a autenticidade de Maisa Silva.

Douglas Tavolaro deixou o grupo Record para assumir como CEO da CNN Brasil

Ainda na TV aberta, a Record anunciou reestruturação em seu board com a nomeação de Antonio Guerreiro como vice-presidente de jornalismo da emissora. Ele substituiu Douglas Tavolaro, que deixou a emissora para liderar a nova operação da CNN Brasil como CEO. O período também foi marcado por despedidas. Logo em fevereiro, a indústria precisou dar adeus a um dos principais nomes do jornalismo brasileiro. Ricardo Boechat sofreu um acidente aéreo em 11 de fevereiro e veio a falecer, aos 66 anos. O apresentador da Band e rádio BandNews estava em um helicóptero, que bateu na parte dianteira de um caminhão, em São Paulo.

A movimentação entre as agências também foi intensa no período. Uma das maiores mudanças foi a entrada de Guilherme Jahara na presidência e comando da criação da recém-criada SunsetDDB. O criativo deixou a F.biz, onde era CCO.

Jahara deixou a liderança da F.Biz para assumir a SunsetDDB em janeiro

Fora do Brasil, dois grandes eventos movimentaram o cenário de propaganda. E o PROPMARK esteve in loco acompanhando ambos. Em fevereiro, o jornal esteve em Atlanta, na Geórgia, para acompanhar os bastidores do Super Bowl. A partida entre Patriots e Rams foi transmitida em mais de 180 países, em 25 idiomas. Grandes marcas como Budweiser, Pepsi e Burger King anunciaram no espaço comercial mais caro do mundo. Estima-se que o canal CBS tenha cobrado pelo menos US$ 5 milhões por 30 segundos.

Nos dias 8 a 17 de março, o PROPMARK foi a Austin, no Texas, acompanhar o festival SXSW, com patrocínio da agência BETC/Havas. A jornalista Claudia Penteado acompanhou palestras sobre empatia, valor das conexões humanas e o papel da criatividade em meio a tecnologia. O evento reuniu artistas, celebridades e players de publicidade e propaganda.

Rebranding da marca do governo federal e chegada de Guilherme 
Jahara à SunsetDDB movimentaram os debates de janeiro a março

Confira a retrospectiva PROPMARK 2019:
Aquisições, movimentações e nomeações dão o tom do 2º trimestre
Terceiro trimestre evidencia transformação do mercado
Quarto trimestre tem mudanças, novos ciclos e planos para 2020
Mais lidas no site PROPMARK mostram 2019 tragicômico
Simplicidade criativa marca ano da propaganda brasileira em Cannes
PROPMARK investe na renovação da edição online e conteúdo do impresso