O ator Jean-Claude Van Damme em trabalho da Volvo Trucks, que disputa prêmio

 

Em tempos de big data e megaconexão, repletos de todo e qualquer tipo de conteúdo on ou offline, além de novidades como a tecnologia “vestível” ou mais uma ousada tentativa de invasão de privacidade, Roma concentra nesta semana uma série de discussões sobre o futuro das ações de marketing vistas na mídia. Com foco em avanços tecnológicos, estratégias e inovação nas relações entre marcas e consumidores, está sendo realizada desde o último domingo (6) a edição de 2014 do Festival of Global Media, organizado pela editora inglesa C Squared. O festival termina nesta terça-feira (8), após uma maratona de conferências apresentadas por experts internacionais, além de uma competição entre cases desenvolvidos nas mais diversas plataformas de mídia.

Do Grande Colisor de Hádrons – considerado a mais audaciosa e complexa experiência científica para compreender a formação do universo – a palestras sobre redes sociais, patrocínio, sucesso em cross-media ou desafios multitela, a programação do festival na capital italiana reflete o momento de grandes transformações nos processos de comunicação. “Estamos respondendo ao rápido ritmo de mudanças da mídia com a maior e mais diversificada agenda que pudemos organizar”,  diz Charlie Crowe, chairman do festival. De acordo com ele, o programa mostra um “olhar no futuro” para examinar a mídia.

No total, são cerca de 80 palestrantes de veículos, agências de publicidade, agências especializadas em mídia, produtoras de conteúdo e de empresas anunciantes. Entre os principais nomes estão Kimberly Kadlec (Johnson & Johnson), Craig Hepburn (Nokia), Lewis D’Vorkin (Forbes), Steve Haskar (Nielsen), Peter Espersen (Lego), Olive Snoddy (Twitter), David Shing (AOL), Martin Riley (Pernod-Ricard), Gerry D’Angelo (Mondelez) e Bob Pittman (Clear Channel).

Pittman, por exemplo, que faz sua apresentação nesta segunda-feira (7), fala em Roma sobre as estratégias do lançamento da Connect, nova plataforma de mídia exterior com características de interatividade com smartphones. Ela está sendo implantada em 23 países, inclusive o Brasil, até o final de junho, com o objetivo de oferecer estratégias de convergência para que anunciantes possam explorar mais oportunidades de relacionamento com os consumidores nas ruas.

Prêmios

A competição de trabalhos publicitários nesta edição do festival tem um shortlist com a predominância de finalistas dos Estados Unidos, Holanda, Emirados Árabes Unidos, Suécia e Índia. Representando três continentes, esses cinco mercados também refletem a maior diversidade geo-

gráfica já registrada na competição, segundo os organizadores do prêmio. Entre os 191 trabalhos com posição de shortlist, o Brasil tem apenas um concorrente, o case “The Walkers”, da Riot e Neogama/BBH, desenvolvido para o uísque Johnnie Walker. A premiação acontecerá no encerramento do festival.

Volvo Trucks e Heineken International são as marcas com o maior número de trabalhos finalistas, cada uma disputando prêmios com seis indicações. A premiação tem o objetivo de reconhecer e valorizar o “pensamento mais criativo” da mídia. Neste ano, a competição recebeu inscrições de 27 países, sendo que Reino Unido, Estados Unidos e Austrália lideraram o número de peças inscritas. O Brasil inscreveu oito trabalhos.

O shortlist da premiação foi definido a partir de uma votação online com 68 participantes, entre diretores de marketing e profissionais de mídia, planejamento e criação. Do Brasil, votaram o publicitário Paulo Gregoracci, vice-chairman e COO da WMcCann, e o executivo Ricardo Gonçalves, superintendente de marketing da Qualicorp. A definição dos prêmios de bronze, prata, ouro e Grands Prix será feita com as avaliações de um júri presencial, formado por 25 profissionais internacionais que se reunirão em Roma, durante o festival. O Brasil será representado pela publicitária Renata Serafim, VP de planejamento da Talent. O júri é presidido pelo indiano Sameer Singh, VP de mídia global da Glaxo Smithkline.