Cristiano Paz, fundador da SMPB, que mais tarde absorveu como sócio o empresário Marcos “Mensalão” Valério, que decretou o fim da operação da agência, está inaugurando um novo negócio em Belo Horizonte. Paz será o único acionista da Filadélfia, agência que deverá absorver alguns clientes da antiga SMPB. A Usiminas, anunciante que confia a Paz sua comunicação mercadológica e há cerca de 30 anos é o primeiro cliente da Filadélfia.
Funcionários que integravam a equipe da SMPB deverão fazer parte da Filadélfia, mas seus salários, nessa fase inicial, serão revistos. Para baixo. A maioria do grupo, segundo fontes, confiam em Paz e querem que ele recupere sua imagem no mercado de Minas Gerais. Paz foi procurado pela reportagem de Propaganda & Marketing, mas não quis emitir comentários. Sua assessoria explica que dentro de 15 dias ele vai promover entrevista coletiva para detalhar o modelo de negócios da Filadélfia.
Não será uma missão fácil, mas Paz tem conseguido dissociar seu nome do imbróglio protagonizado pelo ex-sócio Marcos Valério que chegou à SMPB após comprar parte de Clésio Andrade por R$ 4 milhões. Paz recomprou as ações de Valério por cerca de R$ 5 mil.
Quando aceitou sócios na agência, Paz enfrentava problemas na gestão da SMPB. Não poderia prever que Valério transitava nos bastidores como lobista. A SMPB construiu imagem de agência eficiente. Além das contas locais em Minas Gerais, como a Telemig Celular, por exemplo, atendia anunciantes nacionais, entre as quais a Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos. Com as denúncias feitas pelo ex-deputado Roberto Jefferson e com o nome de Valério revelado, a casa caiu definitivamente para a SMPB.
O retorno com a marca Filadélfia, segundo observadores do mercado mineiro, é a chance para Paz recuperar imagem e nome.
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