A Fluvip nasceu na Colômbia, em 2013, com o propósito de profissionalizar com aporte tecnológico o marketing de influência. O rápido crescimento ajudou a construir a marca no mercado em países da América Latina, chegando depois aos Estados Unidos e, agora, por meio da compra de 60% da agência Spark, ao Brasil.

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 A expansão, explica Sebastián Jasminoy, CEO da Fluvip, está relacionada à tecnologia da plataforma, que ajuda as marcas com um modelo de postagens programadas. “Abrimos nos últimos anos em sete países, com um mercado hispânico e outro multicultural, com base em Nova York”, fala.

A partir de agora, a Fluvip está nos três maiores mercados da América: Estados Unidos, Brasil e México. “Analisamos o mercado brasileiro e decidimos por adquirir a Spark para ter uma estrutura pronta. Escolhemos a agência porque tem um histórico de trabalho com tecnologias e com os principais anunciantes de toda a região”, explica Jasminoy.

O executivo afirma que o mercado brasileiro é muito desenvolvido no marketing de influência, mas ainda não existia uma tecnologia que profissionalizasse as ações com os influenciadores. “Um dos diferenciais é permitir que os anunciantes brasileiros façam campanhas para o mercado latino com os influenciadores daqui. Em pouco tempo, já lançamos para a Renault uma campanha com os nomes brasileiros, mas também de outros países latinos. Assim, as marcas no Brasil terão a oportunidade de melhorar o processo aqui, mas também comercializar para toda a região”, exemplifica.

A plataforma da Fluvip tem mais de 70 mil contas cadastradas. Organicamente, são registrados 100 influenciadores, de 22 países diferentes, por dia, inclusive em locais onde não há a operação. Ao selecionar uma rede social, é definido o objetivo da campanha, o orçamento e os interesses da audiência. A plataforma vai selecionar os influenciadores ideais para a campanha de forma programática. Ao ser escolhido, o profissional cria o conteúdo pensando nos seguidores, a marca aprova e o conteúdo é liberado de forma automática.

No Brasil, o desafio é contar a novidade e mostrar como é vantajoso ter uma plataforma tecnológica, e na região, é seguir inovando, com maior engajamento e incluindo novidades, como fizeram recentemente com o Snapchat.

Os sócios da Spark, Rafael Coca e Raphael Pinho, continuam como co-diretores da operação brasileira. O negócio, segundo Coca, deu certo porque as duas empresas acreditam que sem tecnologia não há serviço. “É uma oportunidade de ver o mercado se modificando e reforçando a criatividade nos projetos, entendendo o papel dos influenciadores e as dinâmicas da produção de conteúdo”, conta.

Pinho, por sua vez, afirma que dentro da estrutura tecnólogica, físicos e matemáticos fazem parte da profissionalização do setor. “Quando o influenciador entra na plataforma, ela analisa a quantidade de engajamento, se a conta é verificada, qual a audiência e já propõe valores para os posts. Entre outras questões, queremos começar a construir métricas para esse segmento”, comenta.