O que Bradesco, Adidas, Oi, Guaraná Antárctica, Audi, Corona, Rip Curl, JBL e Semp TCL têm em comum? Além de marcas bem sucedidas em seus segmentos, todas apostam no bicampeão mundial de surfe Gabriel Medina.
Além de ondas históricas, títulos e reconhecimento mundial, o mar e o surf conduziram o seu encontro com a publicidade. Aos 14 anos o atleta já chamava atenção de anunciantes, primeiro endêmicos, depois o leque se expandiu. Hoje, aos 25, ele transita entre categorias e protagoniza ações diversas – mas sempre com um pezinho no mar de alguma forma.
A mais recente marca a escolher o atleta como embaixador foi a Adidas, que convidou o jovem para falar sobre sustentabilidade. Medina deve inspirar mudanças da sociedade em relação ao meio ambiente, cocriar iniciativas para reduzir uso de recursos naturais, além de promover lançamentos da marca.
Outra parceria recente e bastante intensa tem sido feita com o Bradesco. A escolha do banco foi anunciada em junho com a campanha “Sou do Tempo”, criada pela Leo Burnett Tailor Made.
Em novembro, o banco não apenas lançou o filme Experiências, também com o atleta, como anunciou patrocínio a Sophia Medina, campeã brasileira Sub-16 de Surfe 2019, e ao Instituto Gabriel Medina, em Maresias, que tem como foco a preparação de alto rendimento para jovens talentos do surfe.
Já mais acostumado a gravar campanhas, Medina se orgulha por trabalhar com diferentes marcas e conta que sempre busca parcerias de longo prazo e gosta de desenvolver diferentes lados e a comunicação para diversos públicos e categorias.
Para ele, o trabalho feito junto às marcas contribui deixando um legado muito importante para o esporte no Brasil. “O país sempre teve uma boa representatividade, mas nunca havia conquistado um título e graças a Deus consegui romper essa barreira. Hoje o Brasil é uma potência no surf e somos o país com mais representantes na elite do surf mundial. Colocamos o surf em evidência e muitas marcas viram o tamanho e a particularidade do esporte, competições e principalmente o lifestyle. É um público muito fiel e engajado e as marcas souberam se aproveitar disso”, afirma. Acompanhe a entrevista.
Quando começou a trabalhar com anunciantes? Era um desejo seu?
Comecei bem cedo, aos 14 anos, e aconteceu de maneira bem natural. Primeiro vieram as marcas endêmicas, e com o passar do tempo começaram a chegar as marcas que queriam utilizar o surf e principalmente meu lifestyle como plataforma de comunicação com seu público, como a Oi e Guaraná Antarctica.
Quais seus critérios para aceitar uma parceria? O que você avalia?
Tenho um time preparado e focado em cuidar da minha carreira e parcerias comerciais. Eles cuidam de tudo relacionado a minha imagem e estão sempre buscando me conectar com marcas que façam sentido para mim e para meu público. Muitas vezes parte de mim também. Quando percebo interagir organicamente com uma marca ou uma categoria, entro em contato com o time da Go4it e sugiro, interagimos bastante. Sempre buscamos parcerias de longo prazo.
Você participa da criação e desenvolvimento de conteúdo?
Gostamos de sempre desenvolver um trabalho coletivo. Ouvimos o que marca deseja e unimos com o conhecimento que eu e o time da Go4it temos. Com isso conseguimos ter um resultado bom para todos os lados.
O que você mais gosta e o que menos gosta durante a gravação de campanhas?
Estou gostando cada vez mais de gravar campanhas para meus patrocinadores. Sinto que estou melhorando muito diante as câmeras, me sentindo à vontade e acho que os resultados estão aparecendo legais. A última campanha com o Bradesco ficou sensacional – recebi muitos feedbacks positivos. Foram mensagens de toda família, amigos e fãs dizendo que o filme de Bradesco está demais e que eu estava super bem. Muito feliz de poder ter um parceiro como esse pelos próximos anos. O que menos gosto de numa gravação são os textos gigantes e complexos. É difícil decorar e falar na entonação certa ao longo de um texto enorme – no final sou um atleta.
Você já trabalhou com marcas de segmentos diferentes, como Bradesco, Guaraná Antarctica, Oi, Audi, Corona e Rip Curl, por exemplo. Como é para você conversar com públicos tão distintos?
É bem legal poder falar com marcas de diferentes categorias. Cada uma tem um jeito de se comunicar com seu público, então acabo melhorando diferentes lados também.
Como é estrelar ações fazendo o que tanto gosta que é surfar?
Para mim é incrível! O surf está na minha vida há muito tempo e me levou de maneira natural para a publicidade. No início era mais difícil, não sabia lidar muito bem com as câmeras, mas com o passar do tempo fui melhorando. E quando fazemos algumas imagens no mar é sempre bem legal e mais fácil pra mim [risos].
Como avalia que sua exposição e parcerias com marcas ajudou o surf no Brasil? Que tipo de legado desse trabalho você está deixando?
Sem dúvidas estamos deixando um legado muito importante para o esporte no Brasil. O país sempre teve uma boa representatividade, mas nunca havia chegado lá e conquistado um título e graças a Deus consegui romper essa barreira. Hoje o Brasil é uma potência no surf e somos o país com mais representantes na elite do surf mundial. Colocamos o surf em evidência e muitas marcas viram o tamanho e a particularidade do esporte, competições e principalmente o lifestyle. É um público muito fiel e engajado e as marcas souberam se aproveitar disso.
Como você cuida da sua imagem? Que cuidados toma?
Como figura pública, sempre tenho que tomar um cuidado a mais. Durante grande parte do ano estou em competindo, então é mais fácil, pois naturalmente já fico concentrado e reservado para as etapas, reforçando meu treinamento. Mas mesmo nos períodos de férias precisamos estar ligados. Sei que sou exemplo para uma legião de fãs e crianças, e quero mostrar que mesmo no tempo livre e de descontração, precisamos estar focados nos objetivos.
O que tem aprendido sobre propaganda e marketing desde que passou a estrelar ações?
Comecei a entender mais sobre os objetivos de cada marca. Todo comercial tem um objetivo – seja em querer anunciar novos produtos, reposicionar a marcar, gerar vendas e assim por diante. Notei recentemente que grande parte da comunicação são bem descoladas e divertidas. Isso faz parte de uma estratégia muito maior, mais digital e fico feliz por estar alcançando bons resultados junto com meus parceiros.
Qual sua opinião sobre a cobrança do público pelo posicionamento ou pela retratação de marcas e empresas?
Isso é muito parecido com o que eu vivo como figura pública também. Os fãs podem ser de atletas, atores e/ou marcas. E os fãs sempre querem saber a opinião do seu ídolo ou entender o motivo de certo posicionamento. É importante sempre sermos transparentes e nos posicionar.
O que você consome de mídia audiovisual? O que está assistindo?
Com uma rotina forte de treinamentos e viagens, as plataformas de streaming hoje são minhas grandes companheiras.
Está lendo ou leu algum livro interessante recentemente? Poderia falar um pouco a respeito?
O último livro que li foi “O Alquimista” do Paulo Coelho. Agora vou começar a ler “Sonho Grande” que conta sobre a trajetória do Jorge Paulo Lemann quem eu admiro muito.
O que gosta de fazer no tempo livre?
Estar com minha família e amigos em Maresias. Jogar futevôlei, ver séries e surfar.