Abordando a relevância dos grandes eventos a serem realizados no Brasil nos próximos anos e como as marcas podem aproveitá-los, Gilberto Caldart, presidente da MasterCard Brasil e América Latina, foi convidado apresentar os cases de sucesso que sua empresa tem realizado dentro desse universo. Sob o título “A potencialidade do esporte para gerar mercado de consumo”, o executivo destacou que o anunciante tem relação de longa data com o esporte, acompanhando a evolução da exploração da prática.
“Estamos envolvidos com patrocínio de esporte no mundo todo e há muito tempo. A realização do patrocínio, aliás, mudou muito nos últimos tempos. Antigamente era só exposição de marca e, hoje, encaramos ele como a possibilidade de criar experiências que não tem preço, gerar afeição e engajamento e entregar resultados através dessa associação. É mais uma oportunidade de se diferenciar e surpreender o consumidor”, explicou.
Caldart conta que a MasterCard encontrou na seleção brasileira uma união perfeita de patrocínio para abordar o grande público, juntando o amor do público pelo futebol e o universo criado em volta dos eventos onde ela está envolvida para fortalecer sua marca. “O futebol, junto com a cerveja e o Carnaval, é uma das maiores paixões do brasileiro – e ainda bem acima dessas outras. As famílias se juntam para acompanhar, geram consumo e criam uma correlação com esse esporte. Passamos, então, no ano passado, a ser ima das patrocinadoras da seleção brasileira”, comenta.
Para o presidente, o que diferencia uma boa exploração a ações de apoio ao esporte e a simples aquisição de cota de patrocínio é a forma de materializar essa presença gerando engajamento e relacionamento do público consumidor com o anunciante. “Buscamos três pilares: surpreender e intensificar a emoção; realizar ações e promoções diversas; e gerar buzz. Para isso, começamos a criar experiências ‘que não tem preço’, como a oportunidade do cliente MasterCard viajar no mesmo avião da seleção brasileira, ou mesmo oferecer a pré-venda de ingressos, uma forma exclusiva de acesso aos estádios, colocar crianças para entrar com Brasil no campo ou até ‘raptar’ consumidores que estejam assistindo a um jogo em bares e leva-los para ver o restante da partida no estádio”, exemplificou.
Caldart ainda lembrou que diante de algumas limitações, como a restrição a se relacionar diretamente com um dos grandes eventos – sua maior concorrente, a Visa, patrocina a Copa do Mundo –, é preciso ter respeito e, principalmente, criatividade. “Obviamente, não ter direitos de patrocínio diante de um grande evento nos cria certas limitações, mas patrocinar a seleção, por exemplo, foi uma forma de fortalecer nossa ligação com o futebol, mesmo não estando na Copa. Nosso trabalho é procurar fazer coisas diferentes, deixando um residual diferente”, opinou.
Mundialmente, a MasterCard investe cerca de US$ 700 milhões em marketing, sendo o Brasil a segunda maior operação da empresa, atrás apenas dos Estados Unidos. Além de um sem número de modalidades esportivas, a empresa cria relações semelhantes no universo da música, da gastronomia e do turismo.